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5 grandes lições da reunião de Trump com Zelensky

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O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, se reuniu com Donald Trump na Casa Branca nesta segunda-feira. (Foto: Aaron Schwartz/EFE/EPA/POOL)

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O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky esteve na Casa Branca na última segunda-feira, 18, para uma reunião de alto risco com o presidente Donald Trump.

Sentado no Salão Oval ao lado de Zelensky, Trump expressou seu intenso desejo de ver o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia, além de demonstrar otimismo quanto a um acordo de paz.

“Acho que há progresso sendo feito, progresso muito substancial de várias maneiras”, disse ele. A reunião de Trump com Zelensky ocorreu apenas três dias depois de seu encontro, na sexta-feira, com o presidente russo Vladimir Putin, em Anchorage, Alasca. A reunião terminou sem acordo, mas Trump afirmou acreditar que um entendimento para encerrar a guerra poderia ser alcançado rapidamente.

Relatórios indicam que Putin exige que a Ucrânia ceda sua região de Donbas à Rússia em troca do fim da guerra e de garantias de segurança. Zelensky se opôs a ceder qualquer território ucraniano à Rússia. Após a reunião com Putin, Trump manteve contato com Zelensky e líderes europeus, conversando com eles por telefone durante o voo de volta a Washington.

Em junho, os países membros da OTAN concordaram em investir pelo menos 5% do seu produto interno bruto em defesa até 2035, e muitos desses líderes estavam na Casa Branca ao lado de Zelensky nesta segunda-feira.

Zelensky esteve acompanhado pelo presidente francês Emmanuel Macron, pelo primeiro-ministro britânico Keir Starmer, pelo presidente finlandês Alexander Stubb, pelo chanceler alemão Friedrich Merz, pela primeira-ministra italiana Giorgia Meloni e pela presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen.

O retorno de Zelensky à Casa Branca ocorre cerca de seis meses após sua primeira visita, que terminou com atritos entre ele e Trump. O tom entre os dois estava notavelmente diferente do encontro contencioso realizado em fevereiro.

1. Reunião trilateral

Se a reunião com Zelensky e os líderes europeus correr bem, disse Trump, o próximo passo provavelmente será uma “trilateral” — uma reunião envolvendo Zelensky, Putin e ele próprio. “Haverá uma chance razoável de encerrar a guerra quando fizermos isso”, afirmou.

Questionado se a falta de um acordo significaria o fim do apoio dos EUA à Ucrânia, ele respondeu que não diria isso.

“As pessoas estão sendo mortas, e queremos parar isso, então eu não diria que é o fim do caminho”, afirmou Trump.

O presidente dos EUA destacou que busca um acordo de paz de longo prazo, acrescentando: “Vamos garantir que funcione.”

A Europa é a primeira linha de defesa, observou, mas “estaremos envolvidos”. Trump disse que terá uma ligação com Putin na segunda-feira, após sua reunião com Zelensky e os líderes europeus.

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2. ‘Paz duradoura’

“A guerra vai acabar”, disse Trump, acrescentando que o acordo de paz entre os dois países será projetado para “uma paz duradoura”.

“Quando vai acabar, não posso dizer; mas a guerra vai acabar”, afirmou.

“Este cavalheiro quer que acabe”, disse Trump, referindo-se a Zelensky. “Vladimir Putin quer que acabe. Acho que o mundo inteiro está cansado disso.” Trump afirmou ainda que ajudou a encerrar seis conflitos desde que voltou ao cargo e “pensou que talvez este fosse o mais fácil, mas não é. É difícil.”

3. Eleição pós-guerra na Ucrânia

Questionado se está aberto a realizar eleições na Ucrânia após um acordo de paz, Zelensky disse que sim.

“Claro, estamos abertos a eleições, sim”, afirmou o líder ucraniano.

Ele destacou que as circunstâncias devem ser seguras para a realização do pleito, acrescentando: “Precisamos de uma trégua, sim — em todos os campos de batalha, no céu, no mar — para que seja possível.” Zelensky recebeu críticas por adiar as eleições presidenciais na Ucrânia durante a guerra.

4. ‘Acho que não precisa de cessar-fogo’

“Acho que não precisa de cessar-fogo”, disse Trump, acrescentando, no entanto, que ele poderia ser necessário neste caso, embora um cessar-fogo permita que os países se reorganizem militarmente.

“Gosto do conceito de cessar-fogo… Você para de matar imediatamente, em vez de esperar duas semanas ou o que for necessário”, afirmou.

“Gostaria que eles parassem de lutar”, continuou o presidente. “Gostaria que parassem, mas estrategicamente isso poderia ser uma desvantagem para um lado ou outro.” Trump observou que outros acordos de paz que ajudou a negociar, como o entre os vizinhos nucleares Índia e Paquistão, foram exatamente isso — acordos de paz, e não cessar-fogos — e gostaria de ver o mesmo para Rússia e Ucrânia.

5. Proteções tipo Artigo 5 para a Ucrânia

Após relatos de que Putin estaria disposto a aceitar proteções de segurança do tipo Artigo 5 da OTAN para a Ucrânia como parte de um plano de paz, Trump afirmou que nada foi formalmente decidido nesse sentido.

“Se você olhar para trás, muito antes do presidente Putin, sempre foi afirmado que eles nunca permitiriam a entrada da Ucrânia na OTAN”, disse Trump, acrescentando que as proteções do Artigo 5 seriam discutidas com os líderes europeus na Casa Branca. O Artigo 5 garante proteção aos países membros da OTAN, afirmando que um ataque a um aliado é considerado um ataque a todos. A Europa deseja ajudar a oferecer proteção à Ucrânia, e “nós vamos ajudá-los com isso”, afirmou Trump.

Virginia Allen é produtora sênior de notícias do The Daily Signal e apresentadora do "The Daily Signal Podcast" e do "Problematic Women". 

©2025 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês: 5 Big Takeaways From Trump’s White House Meeting With Zelenskyy

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