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A batalha que Israel ainda precisa vencer

Estudantes e outros manifestantes pró-Palestina se reúnem do lado de fora do campus da Universidade de Columbia, em Nova York, EUA, 30 de abril de 2024. (Foto: Sarah Yenesel/EFE/EPA)

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O New York Times divulgou recentemente resultados impressionantes de uma pesquisa sobre o apoio dos EUA a Israel — mais precisamente, a falta dele. Quarenta por cento acreditam que Israel está matando civis intencionalmente. Apenas 25% dizem que Israel está tomando precauções suficientes para evitar baixas civis.

Há grandes divergências entre partidos políticos e faixas etárias. Cinquenta e nove por cento dos democratas acreditam que Israel está matando civis intencionalmente. Entre os republicanos, esse número é de 15%.

Apenas 12% dos democratas expressaram mais apoio a Israel do que aos palestinos. Isso indica que a maioria, senão todos, os candidatos democratas à presidência se oporão abertamente a Israel.

Sessenta e oito por cento dos que possuem diploma de bacharel querem que Israel encerre seus esforços militares antes de eliminar o Hamas. Entre os que não possuem, esse percentual é de 54%. Isso evidencia como o ensino superior doutrina os alunos em uma visão de mundo esquerdista.

Vale a pena analisar por que o apoio a Israel caiu. Tudo começa com a adoção da teoria crítica pela esquerda, que infestou o sistema educacional americano

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Essa visão de mundo marxista divide as pessoas em grupos arbitrários com base em raça, sexo, orientação sexual, riqueza ou religião. Ela considera aqueles que se saem bem como opressores e aqueles que lutam como oprimidos.

É por isso que tantos na esquerda, especialmente nos campi universitários, culparam Israel pelo massacre de 7 de outubro. Eles viam o assassinato de 1.200 israelenses e o sequestro de centenas de outros como uma resistência justificada contra um suposto opressor.

Há também as crenças da esquerda sobre o colonialismo, que critica os países ocidentais por colonizarem outras terras e expandirem sua influência. Os esquerdistas consideram Israel um exemplo de “colonialismo de assentamento”. Não importa que os judeus tenham vivido em Israel mais de 1.500 anos antes da fundação do islamismo.

Observe que essa crítica não é dirigida aos muçulmanos, que há muito disseminam sua religião e poder político por meio de conquistas sangrentas. A esquerda também se mantém, em grande parte, silenciosa sobre os muçulmanos que atualmente massacram dezenas de milhares de cristãos na Nigéria. A esquerda aplica essa lógica apenas aos países ocidentais. Não se trata de promover um princípio neutro — trata-se de envergonhar o mundo ocidental por sua história e sucesso.

Some-se a isso a propaganda e a falta de clareza moral da imprensa, do Partido Democrata e até mesmo de alguns setores da direita. Israel tomou medidas sem precedentes para proteger os civis na Faixa de Gaza. Isso é necessário porque o Hamas esconde propositalmente sua infraestrutura militar entre a população civil. O Hamas quer que os moradores da Faixa de Gaza morram porque sabe que a esquerda ocidental culpará Israel.

Adivinhe quantos civis iraquianos foram mortos durante a Guerra do Iraque. Em 2023, a NBC noticiou que o total era de “aproximadamente 200.000”. No entanto, os militares americanos nunca sofreram a mesma retaliação que Israel. Baixas civis são uma tragédia, mas inevitáveis se o inimigo usar escudos humanos. Se os democratas quisessem salvar os civis de Gaza, condenariam o Hamas por suas táticas.

A esquerda frequentemente acusa Israel de matar os moradores de Gaza de fome. No entanto, há pouca indignação com o fato de o Hamas e outros saqueadores roubarem a grande maioria da ajuda da ONU.

O Hamas usa o que saqueia para alimentar seus esforços de combate. Israel é atacado por não distribuir ajuda, mas o Hamas não é criticado por roubá-la. Israel rapidamente assinou um plano de paz abrangente apresentado pelo presidente Donald Trump. É o Hamas que se recusa a aceitar o acordo.

Infelizmente, a verdade nem sempre prevalece. Como Charlie Kirk expôs em uma carta poucos meses antes de sua morte, Israel precisa ser mais agressivo no combate às falsidades em que muitos americanos agora acreditam.

O apoio a Israel — o melhor aliado dos Estados Unidos no Oriente Médio — conta há muito tempo com respaldo bipartidário. Mais precisa ser feito para garantir que continue assim.

Victor Joecks é colunista do Las Vegas Review-Journal.

©2025 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês: The Battle Israel Still Needs to Win

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