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Carlos Peres

As 10 prioridades fundamentais

aA crise econômica que se abate em todo o globo desde meados do ano passado deixará marcas indeléveis nas empresas de todos os portes e, por consequência, nos cidadãos. Apesar disso, é um momento oportuno para revisar algunas premissas. É preciso fugir do lugar comum e entender que crise é um momento para repensar processos.

Por isso PricewaterhouseCoopers elaborou 10 ações, ou questionamentos, elementares para apoiar empreendedores a reduzirem as turbulências neste momento e pensar o passo adiante: sair fortalecidos da crise e com empresas mais sólidas e harmônicas.

A Prioridade 1 é uma análise profunda – Você conhece os impactos que a atual crise trará? Antes de qualquer ação é preciso entender quais são os reais impactos da crise. Para isso é fundamental dispor de dados confiáveis como indicadores de desempenho, índices de mercado e informações sobre os concorrentes.

Prioridade 2 – Você está sendo ágil e confiante? Após conhecer os efeitos da crise é preciso ser rápido para sincronizar sua cadeia produtiva ao novo cenário. Crise também é momento de questionar conceitos ortodoxos ou paradigmas como, por exemplo, linhas de produtos que não trazem rentabilidade a empresa e estão lá porque são estratégicos. O essencial é manter os olhos nos pontos que representam riscos para seu negócio e para o que de fato gera resultado.

Prioridade 3 – Você está garantindo a sustentabilidade financeira de sua empresa? Em geral, em tempos de crise, os recursos financeiros são otimizados. É uma fórmula que deve ser seguida sempre, inclusive na bonança. Gestão do fluxo de caixa e do capital de giro são ferramentais essenciais nesse processo.

Prioridade 4, outra pergunta concentual: Seus investimentos são geradores de valor? É preciso rever as prioridades, reconsiderando riscos, oportunidades e posicionamento estratégico em virtude daquele novo cenário que traçado anteriormente, na Prioridade 1. Para isso, sua empresa precisa ter a capacidade de gerar essas informações analíticas para a sua tomada de decisão.

Prioridade 5 – Você está reduzindo custos de forma efetiva? De cima, quase todas as atividades e ações fazem sentido em uma empresa. Só de cima. Uma análise mais apurada deve informar quais processos realmente fazem a diferença, quais serviços ou produtos que, de fato, geral valor ao cliente.

Prioridade 6 – Você recebe as informações certas? Monte um programa de gestão da performance para obter informações essencias para a gestão. Você precisa de dados precisos e atuais para tomar decisões acertadas. Aqui, o sucesso será garantido se for alinhado com o plano estratégico de negócios, medindo o progresso contra seus objetivos.

Prioridade 7 – Você planejou como vencer? O seu objetivo final deve ser detalhado no plano de negócios. É preciso conhecer o percurso para chegar ao objetivo. É um conceito que exige determinação e informações atuais e precisas da empresa e do mercado.

Prioridade 8 – Você tem as pessoas certas? Na essência, são elas que promovem erros e acertos, sucesso e derrota nas organizações. Por isso pessoas com capacidade para analisar o desempenho e tomar decisões são ingrediente fundamental de todo. Para cercar-se de pessoas certas é preciso conhecer os objetivos da empresa – novamente o plano de negócios é essencial – e a partir daí traçar as competências dos profissionais que se deseja atrair e reter.

Prioridade 9 – Seus stakeholders estão do seu lado? As pessoas – sejam clientes, acionistas, fornecedores, funcionários, etc – sabem dos desafios, das oportunidades que a crise traz? Seja transparente. Processos de governança corporativa fazem toda a diferença, nos pequenos e grandes negócios.

Por fim! Prioridade 10 – Você está atento a oportunidades? É óbvio que a crise passará. Quem preservou o valor da empresa precisa pensar como quer se posicionar no cenário pós-crise. E isso precisa ser mapeado agora. Se deixar para depois que a turbulência passar, a chance foi perdida. Entre outras ações, é preciso projetar quem serão os players que sairão fortalecidos e serão os seus competidores mais ferozes. Com base nessa análise é possível decidir se serão necessários novos canais de distribuição, novos produtos, parcerias, aquisição de concorrentes ou até fusão.São passos que podem até parecer complexos, mas são elementares para qualquer empresa. Parte do conhecimento de mercado e da organização para projetar o futuro. Se a crise, que já está se esvaindo, tem lados positivos, um deles é "obrigar" as empresas a reverem seus custos e tornarem-se mais competitivas e isso é bom para toda a sociedade.

Carlos Peres é sócio da PricewaterhouseCoopers

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