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É preciso que se crie no país um ambiente em que governo, academia e setor produtivo trabalhem juntos na busca do crescimento tecnológico. Temos exemplos de países desenvolvidos nos quais esta prática vem acontecendo efetivamente, levando-os a atingir suas metas de desenvolvimento econômico e social. A China, com seus 16 megaprojetos instalados na área de tecnologia e inovação, tem como meta, em 2020, ser o primeiro país no mundo em fronteira tecnológica e, em 2050, atingir essa posição em fronteira científica. Os EUA têm hoje 45 Innovation Hubs; a Europa soma 40 plataformas tecnológicas. Enfim, poderíamos citar muitos exemplos de países desenvolvidos que têm priorizado grandes projetos nas áreas de ciência, tecnologia, educação e inovação.

No Brasil, precisamos aproximar o setor acadêmico e o setor produtivo. Para conquistarmos a competitividade internacional, precisamos avançar. Nosso país tem uma boa produção científica (14.º lugar no mundo), mas com baixa geração de novos produtos (64.ª posição no Índice Global de Inovação). As políticas públicas no âmbito federal e nos estados têm procurado atingir esse objetivo. Atualmente, 14 mil doutores são formados por ano no Brasil.

Com uma característica ímpar, o estado do Paraná possui uma rede muito forte de ensino superior, com o diferencial da capilaridade em todo o território estadual. Somente nossas sete universidades estaduais, espalhadas por todas as regiões paranaenses, têm mais de 90 mil alunos matriculados em seus cursos de graduação e pós-graduação. É o segundo sistema estadual em tamanho e investimento no ensino superior no Brasil.

A partir da sanção e regulamentação da Lei de Inovação do Paraná, várias atividades têm sido realizadas para integrar governo, academia e setor produtivo para atingir o processo de inovação no Paraná. Podemos destacar as Inovatecs, feiras nas quais se procura o diálogo entre a universidade e a sociedade, com oportunidade de apresentar ao setor produtivo e empresarial pesquisas e projetos, serviços e fontes de informação para o processo de inovação tecnológica.

O lançamento do Parque Tecnológico Virtual do Paraná é outra ferramenta importante e inovadora, que vai possibilitar ainda mais a integração de nossas universidades e centros de pesquisas com o setor produtivo através de uma plataforma que tem como objetivo estimular a cooperação técnico-científica entre academia, governo e empresas.

Para criar condições financeiras favoráveis e apoiar a inovação tecnológica, gerando crescimento rápido de empresas de micro e pequeno porte, existe o programa Tecnova, que oferece apoio à inovação em micro e pequenas empresas paranaenses. Um programa do governo federal que, por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), e em conjunto com os governos estaduais, estimula o desenvolvimento de novas ideias e produtos.

Investimento em inovação e tecnologia é uma tarefa urgente. Para assegurar o compromisso com o processo de inovação, foi assinado recentemente o decreto de criação da Conta Paraná Inovação, que garante recursos financeiros no orçamento da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior para projetos de inovação em nosso estado.

João Carlos Gomes, professor universitário, é secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

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