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União
As cooperativas fazem sua parte no combate a uma das doenças mais mortais da história da humanidade e ainda seguem acreditando – e praticando – o que ouvimos sempre por aí: a cooperação faz a força!| Foto: Pixabay

Gente cuidando de gente. Nunca essa frase fez tanto sentido quanto agora – um momento em que atitudes simples, como usar máscara, lavar as mãos constantemente e, sempre que possível, manter o distanciamento social, salvam vidas. E é assim, juntos e em cooperação, que vamos vencer essa luta contra a pandemia de Covid-19 e seus efeitos negativos na economia global.

Sempre digo que as cooperativas não pararam desde o ano passado, quando os governos estaduais e municipais no Brasil decretaram ordens de isolamento e até de lockdown, em alguns lugares. Respeitando cuidadosamente todas as orientações sanitárias, as cooperativas se empenharam ao máximo para continuar produzindo, prestando serviços e preservando empregos e postos de trabalho.

Está sendo assim no Brasil e em mais de 100 outros países! É por isso que a Aliança Cooperativa Internacional (ACI) estabeleceu como tema do Dia Internacional do Cooperativismo o slogan “Juntos reconstruímos melhor”. Esse dia especial é celebrado desde 1923, mas foi somente em 1995, ano do centenário da ACI, que a Assembleia Geral das Nações Unidas o proclamou oficialmente como o Dia Internacional do Cooperativismo e estabeleceu sua comemoração anualmente, sempre no primeiro sábado do mês de julho.

Neste ano, o objetivo é simples: mostrar como as cooperativas de todo o mundo estão enfrentando a crise causada pela Covid-19 com solidariedade e resiliência, oferecendo às comunidades uma recuperação centrada nas pessoas e que respeita o meio ambiente.

Para nós, cooperativistas, o Dia Internacional do Cooperativismo é a ocasião ideal para demonstrar que o nosso modelo de negócios – centrado nas pessoas, baseado nos valores do movimento, na responsabilidade social e no senso de comunidade – permite reduzir as desigualdades, criar prosperidade comum a todos e responder aos impactos imediatos causados pela pandemia.

E as cooperativas estão fazendo muito bem esse dever de casa. Para se ter uma ideia, ao redor do mundo já há mais de 3 milhões de cooperativas, às quais 12% da população global está vinculada, ou seja, quase uma em cada oito pessoas do planeta. Vale destacar que as cooperativas geram 10% de todos os postos formais de trabalho existentes no globo. Aqui, os números também são expressivos. Mais de 15,5 milhões de brasileiros encontram trabalho nas 5,3 mil cooperativas espalhadas de norte a sul do país. Além disso, essas mesmas cooperativas empregam mais de 425 mil pessoas.

Aqui, comemoramos o Dia Internacional do Cooperativismo celebrando tudo o que as nossas cooperativas fazem pelas pessoas entre 1º de janeiro e 31 de dezembro, ou seja, o movimento do Dia de Cooperar (Dia C). Para se ter uma ideia, em 2020, mesmo com tantos desafios e obstáculos, mais de 7,8 milhões de pessoas foram beneficiadas com as mais de 2,8 mil iniciativas e ações realizadas por 2.226 cooperativas e seus mais de 137 mil voluntários. Ao todo, 1.383 municípios brasileiros registraram, graças ao Dia C, a força do voluntariado cooperativista. Vale destacar, ainda, que, do total de ações realizadas apenas em 2020, 2.159 delas tiveram como foco principal o combate à pandemia e aos seus efeitos socioeconômicos. Entre essas iniciativas estiveram a doação de alimentos, de materiais médicos, de equipamentos como respiradores e até de dinheiro.

Como vimos, as cooperativas fazem sua parte no combate a uma das doenças mais mortais da história da humanidade e ainda seguem acreditando – e praticando – o que ouvimos sempre por aí: a cooperação faz a força! Por isso, convido o leitor a participar da nossa celebração tanto do Dia Internacional do Cooperativismo quanto do Dia C, neste dia 1.º de julho, às 17 horas, no canal do movimento SomosCoop no YouTube. Venha celebrar conosco, e vamos mostrar ao país que as atitudes simples são capazes de transformar a realidade nos quatro cantos do mundo.

Márcio Lopes de Freitas, agropecuarista e cooperativista, graduado em Administração de Empresas, é presidente do Sistema OCB (OCB, Sescoop e CNCoop) e membro da diretoria da Organização das Cooperativas dos Países de Língua Portuguesa (OCPLP).

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