A sociedade e os consumidores exigirem cada vez mais o exercício ético na vida das empresas
Por trás da atitude empreendedora das pessoas há vários pressupostos, a começar pela ousadia de ir ao mercado, mesmo esbarrando em uma cadeia de dificuldades para a formalização da empresa. Dentre os empecilhos, destacam-se o excessivo peso dos impostos e os altos juros praticados pelo mercado.
Também ao empreendedor exige-se firmeza ética no desenvolvimento de sua atividade, compreendendo o respeito e a observância dos princípios que norteiam a vida e o convívio das pessoas, dentre esses o da honestidade, da transparência e do cumprimento à palavra emprenhada, alcançando os empreendimentos.
Essa postura nos negócios não tem origem em uma opinião fora do contexto, em simplesmente achar que deve ser assim, mas no fato de que a sociedade e os consumidores exigirem cada vez mais o exercício ético na vida das empresas.
E ao eleger a cultura da ética e da responsabilidade social como norte de conduta, o empresário acrescenta ao seu negócio ingredientes que irão referendar a sua saúde econômica e financeira.
Por igual, é ético ter sucesso, prosperar. Aliás, quase um dever, pois é condição primordial para a sobrevivência da empresa. Afinal, quanto mais rentável for, maior a aceitação pela sociedade que demanda cada vez mais seus produtos ou serviços. Em consequência haverá o aumento da produção e ampliação de empregos que culminam em distribuição de renda e fortalecimento do mercado consumidor, estabelecendo-se dessa forma o chamado círculo virtuoso da economia.
Da mesma forma, é importante ter sempre em mente que o lucro é necessário em uma economia de mercado. Ele sinaliza a condução acertada de um negócio e se justifica ainda mais na medida em que contribui para o estabelecimento de justiça social. Ambos, instrumentos fomentadores do desenvolvimento da sociedade.
Esse é o entendimento, essas são bandeiras empunhadas pela Associação Comercial do Paraná: a ética e a transparência, que consideramos pilares da construção de um mundo mais correto e justo. Não é sem propósito que, em defesa da tese da ética nos negócios, temos destacado a honestidade e o cumprimento da palavra dada. Afinal, é obrigação de todos lutar pela manutenção desses valores, o que inclui o governo, que tem de estar atento às necessidades do país em dispor de uma política econômica que privilegie a iniciativa privada, com menos impostos e juros.
Conclusivamente, só com o restabelecimento dos valores universais que constituem a base de qualquer sociedade saudável é que poderemos dar esperança para a juventude de um futuro em que prevaleça justiça e oportunidades para todos.
Edson José Ramon, presidente da Associação Comercial do Paraná.
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