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O investimento social privado (ISP) provou ser parte de uma estratégia fundamental para a transformação da educação e de crises, conforme a última ocorrência cataclismática que ficou conhecida em nossa história como a “Tragédia do Rio Grande do Sul”. Agora, meses após o evento fatídico, é que a comunidade começou a se reerguer. Tal movimento nos mostra que o investimento social privado gera impactos profundos no âmbito social e no corporativo.
Vimos como a iniciativa privada reagiu à crise das enchentes no Rio Grande do Sul. Essa organização demonstra como a dinâmica política atual está inerente, atualmente, ao estado e às empresas. O trabalho conjunto é uma maneira de se mobilizar de forma ágil e eficaz, participando ativamente da recuperação das comunidades afetadas. Empresas que já tinham planos de contingência bem estruturados conseguiram ajudar rapidamente as populações afetadas, arrecadando recursos e oferecendo apoio essencial.
Colaboração é uma palavra-chave que tem significado o nosso futuro. Coalizão e parceria com empresas, fundações e o governo são essenciais para que haja implementação de soluções
Em outubro do ano passado, o Aeroporto Internacional Salgado Filho, que fica em Porto Alegre, retomou as atividades, com a pista, antes inundada por mais de 20 dias, finalmente reformada. O Mercado Público e os estádios da dupla Grenal abriram as portas para o público nos últimos meses. Os esforços de recuperação também seguem na área econômica.
A educação é um dos setores que mais apresenta desafios na contemporaneidade. De acordo com dados do Censo Gife (Grupo de Institutos, Fundações e Empresas), foram investidos, no investimento social privado, em 2022 e 2023, R$4,8 bilhões; quase R$2 bilhões, destinados à educação. A cifra supera o que outros setores, como a saúde e a cultura, receberam. E esta é uma das bases para o desenvolvimento sustentável do Brasil.
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As empresas, cada vez mais, estão imiscuídas em iniciativas educacionais. Essa é a revolução que modifica o segmento por meio da digitalização da educação e do desenvolvimento de competências digitais. Pululam diversos projetos oriundos desse tipo de administração, como o Pense Grande Tech, da Fundação Telefônica Vivo, os quais apoiam redes públicas de ensino que aplicam o modelo do Novo Ensino Médio. Este é um dos múltiplos exemplos de como o ISP tem contribuído para preparar jovens para o mercado de trabalho.
Colaboração é uma palavra-chave que tem significado o nosso futuro. Coalizão e parceria com empresas, fundações e o governo são essenciais para que haja implementação de soluções que resvalam nas escolas e nas comunidades. Instituições de vários segmentos, em colaboração com outras entidades, se dedicaram à formação de educadores e gestores que incorporam competências digitais nas práticas pedagógicas.
Vanessa Pires, especialista em Negócios de Impacto Positivo, Inovação Aberta e ESG, mestre em Gestão e Estratégia, é CEO da Brada.
Conteúdo editado por: Jocelaine Santos



