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A evolução do investimento social privado no Brasil

Mais de 1,3 milhão de pessoas foram afetadas pela enchente histórica do Rio Grande do Sul.
Mais de 1,3 milhão de pessoas foram afetadas pela enchente histórica do Rio Grande do Sul. (Foto: EFE/Isaac Fontana)

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O investimento social privado (ISP) provou ser parte de uma estratégia fundamental para a transformação da educação e de crises, conforme a última ocorrência cataclismática que ficou conhecida em nossa história como a “Tragédia do Rio Grande do Sul”. Agora, meses após o evento fatídico, é que a comunidade começou a se reerguer. Tal movimento nos mostra que o investimento social privado gera impactos profundos no âmbito social e no corporativo.

Vimos como a iniciativa privada reagiu à crise das enchentes no Rio Grande do Sul. Essa organização demonstra como a dinâmica política atual está inerente, atualmente, ao estado e às empresas. O trabalho conjunto é uma maneira de se mobilizar de forma ágil e eficaz, participando ativamente da recuperação das comunidades afetadas. Empresas que já tinham planos de contingência bem estruturados conseguiram ajudar rapidamente as populações afetadas, arrecadando recursos e oferecendo apoio essencial.

Colaboração é uma palavra-chave que tem significado o nosso futuro. Coalizão e parceria com empresas, fundações e o governo são essenciais para que haja implementação de soluções

Em outubro do ano passado, o Aeroporto Internacional Salgado Filho, que fica em Porto Alegre, retomou as atividades, com a pista, antes inundada por mais de 20 dias, finalmente reformada. O Mercado Público e os estádios da dupla Grenal abriram as portas para o público nos últimos meses. Os esforços de recuperação também seguem na área econômica.

A educação é um dos setores que mais apresenta desafios na contemporaneidade. De acordo com dados do Censo Gife (Grupo de Institutos, Fundações e Empresas), foram investidos, no investimento social privado, em 2022 e 2023,  R$4,8 bilhões; quase R$2 bilhões, destinados à educação. A cifra supera o que outros setores, como a saúde e a cultura, receberam. E esta é uma das bases para o desenvolvimento sustentável do Brasil.

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As empresas, cada vez mais, estão imiscuídas em iniciativas educacionais. Essa é a revolução que modifica o segmento por meio da digitalização da educação e do desenvolvimento de competências digitais. Pululam diversos projetos oriundos desse tipo de administração, como o Pense Grande Tech, da Fundação Telefônica Vivo, os quais apoiam redes públicas de ensino que aplicam o modelo do Novo Ensino Médio. Este é um dos múltiplos exemplos de como o ISP tem contribuído para preparar jovens para o mercado de trabalho.

Colaboração é uma palavra-chave que tem significado o nosso futuro. Coalizão e parceria com empresas, fundações e o governo são essenciais para que haja implementação de soluções que resvalam nas escolas e nas comunidades. Instituições de vários segmentos, em colaboração com outras entidades, se dedicaram à formação de educadores e gestores que incorporam competências digitais nas práticas pedagógicas.

Vanessa Pires, especialista em Negócios de Impacto Positivo, Inovação Aberta e ESG, mestre em Gestão e Estratégia, é CEO da Brada.

Conteúdo editado por: Jocelaine Santos

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