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Muitos mexicanos têm reclamações semelhantes sobre os imigrantes americanos, assim como os americanos têm sobre os imigrantes mexicanos.
No início deste mês, uma grande cidade presenciou um protesto xenófobo contra imigrantes. Os manifestantes proferiram insultos étnicos contra os estrangeiros. Alguém pichou "Não é sua casa" em um muro. Uma placa dizia: "Respeite minha cultura".
As reclamações incluíam o aumento do fluxo de pessoas que estava elevando os preços dos imóveis e o fato de estrangeiros não falarem a língua nativa. Em determinado momento, a manifestação se tornou violenta, com alguns participantes vandalizando o comércio local.
Se aquele protesto tivesse acontecido em Dallas ou Jacksonville, a esquerda ficaria indignada. Eles culpariam o presidente Donald Trump. Atacariam os republicanos por serem racistas. Difamariam os conservadores como nacionalistas cristãos violentos.
Isso é mais difícil de fazer neste caso. Este protesto ocorreu na Cidade do México, e os manifestantes eram mexicanos. Eles estão chateados com os muitos americanos e outros estrangeiros que se estabeleceram na cidade, especialmente com o advento do trabalho remoto. As autoridades mexicanas incentivaram ativamente essa imigração.
Em 2022, Claudia Sheinbaum, então prefeita da Cidade do México, trabalhou com o Airbnb para promover a Cidade do México como a "capital do turismo criativo".
Sheinbaum, atual presidente do México, afirmou que o acordo não aumentaria os custos para os moradores da Cidade do México. Os moradores agora reclamam da gentrificação e do número crescente de apartamentos que estão sendo convertidos em aluguéis pelo Airbnb.
O dinheiro estrangeiro mudou tanto a economia quanto a cultura locais. Alguns supermercados de esquina se tornaram restaurantes sofisticados. Muitos estrangeiros esperam que os garçons mexicanos falem com eles em inglês.
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Um estudo constatou que os preços dos imóveis na Cidade do México quadruplicaram entre 2000 e 2022, mesmo com a renda per capita caindo após o ajuste pela inflação. Não é de se admirar que muitos moradores se sintam excluídos da própria cidade devido aos altos preços.
Atender expatriados e promover o turismo é uma ótima maneira de impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB). O salário médio na Cidade do México é inferior a US$ 375 por mês. Mas esses benefícios econômicos não são distribuídos uniformemente. Para aqueles que possuem imóveis ou têm capital para investir, esse influxo de riqueza é uma bênção.
O valor dos seus imóveis está em alta e eles podem cobrar aluguéis mais altos. Moradores de baixa renda, no entanto, enfrentam preços altos que podem forçá-los a se mudar de seus bairros.
Pessoas não são meras unidades de atividade econômica que existem para produzir números agregados maiores em uma planilha. São seres humanos que encontram significado em sua família, comunidade local e país. E uma invasão de estrangeiros — mesmo que incentivada por líderes políticos — pode ser extremamente desestabilizadora para uma cultura.
Não se trata apenas de dinheiro. Países — até mesmo regiões dentro de um país grande — tendem a ter crenças e tradições diferentes. Quando estrangeiros invadem outro país, frequentemente há um conflito de valores. As diferenças linguísticas amplificam essas tensões. A imigração é como sal: um pouco enriquece uma refeição, mas muito sal a estraga.
Em vez de proteger seus cidadãos, muitos líderes políticos ocidentais adotaram a teoria crítica da raça e agora priorizam ajudar estrangeiros. Veja a Europa. Durante anos, muçulmanos do Paquistão aliciaram e estupraram sistematicamente milhares de meninas britânicas. As autoridades encobriram o caso.
Homens do Iraque e da Somália cometem um número desproporcional de agressões sexuais na Finlândia. As autoridades locais disseram aos novos imigrantes muçulmanos que eles não podem comprar uma esposa.
Imigrantes sírios estão apalpando adolescentes alemãs em piscinas. A Alemanha está prendendo pessoas por escreverem coisas maldosas nas redes sociais.
O problema não são os cidadãos intolerantes. São os líderes políticos que priorizaram os desejos dos estrangeiros em detrimento das necessidades dos seus concidadãos
Há uma maneira simples de resolver isso. O presidente do México deve adotar políticas que coloquem os mexicanos em primeiro lugar.
As autoridades eleitas nos Estados Unidos devem seguir o exemplo do presidente Donald Trump e fazer o mesmo pelos americanos. Isso não é intolerância. É bom senso — para ambos os países.
©2025 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês: Why Mexicans Are Protesting Mass Immigration



