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 | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Pretendem puxá-lo. Ante a iminência da derrota não esperaram pelo dia 28. Oposição, para o PT, sempre foi sinônimo de puxar o tapete de quem venceu e de criar factoides para alimentar o golpismo que os mobiliza quando alguém senta na cadeira que ambicionam. Se Bolsonaro vencer a eleição, muita ciência e paciência serão requeridas para conviver com as tropas de choque petistas que se formarão nos parlamentos, nas greves políticas, nos sindicatos, nas salas de aula, nas redações dos jornais, com a finalidade explícita de desestabilizá-lo. A nação que rejeitou o partido nas urnas não merece ser levada em conta. Vem aí o petismo em sua versão clássica, aquela que, em 2003, lhe proporcionou acesso ao poder.

A suposta compra de pacotes do WhatsApp para envio de mensagens políticas é um daqueles casos em que notícia é o que vem depois da circulação do jornal. A repercussão é a notícia. E isso a militância petista na mídia e nas organizações da sociedade sabe conduzir muito bem.

Vem aí o petismo em sua versão clássica, aquela que, em 2003, lhe proporcionou acesso ao poder

Notícia! Gleisi Hoffman, diante da matéria da Folha, pediu à presidente do TSE que Jair Bolsonaro seja declarado inelegível pelo prazo de oito anos. Notícia! Citando Noam Chomski, juristas militantes do PT acreditam tanto nos companheiros da Folha que vão ao Tribunal, provavelmente com um exemplar do jornal embaixo do braço fazendo vezes de dossiê, apenas para dizer que “os fatos realmente existem”. Notícia! O PSol requer ao TSE que determine, pelo prazo de nove dias, restrições ao uso do WhatsApp. E por aí segue o cortejo de sandices que se vai constituindo a partir de matéria original, que falha na tentativa de vincular fatos e causas. Fosse consistente a denúncia, parece pouco provável que Luciano Hang, proprietário das lojas Havan iniciasse dois processos de indenização por dano moral tendo a notícia como fundamento. O primeiro é contra a Folha, no montante de R$ 2 milhões. O segundo contra à senadora Gleisi Hoffmann, no valor de R$ 1,5 milhão pelos adjetivos que lhe dirigiu durante um comício, tendo como fato gerador a matéria do jornal paulista.

Ninguém com um pingo de juízo imaginaria, por outro lado, que as providências solicitadas pelos partidos de esquerda venham a produzir os efeitos pretendidos. O que temos diante de nós é outra coisa. São os primeiros tijolos sobre os quais essas legendas, varridas pelo eleitorado do palco central da política brasileira, passarão a construir suas campanhas de desestabilização e contestação de legitimidade da vitória que se presume para o candidato do PSL no próximo domingo (28/10).

Leia também: A ameaça do PT à democracia é real (editorial de 8 de outubro de 2018)

Leia também: O lema político de Bolsonaro e o Estado laico (artigo de Acyr de Gerone e Gabriel Dayan, publicado em 23 de outubro de 2018)

Pela primeira vez nos últimos 30 anos se desenha ao país um governo de perfil conservador e liberal. Tal afirmação é suficiente para que a esquerda comece a sufocar, entre em dispneia. A isso, preferem a Venezuela. A isso preferem Cuba, Nicarágua, El Salvador. E quem discorda é dito fascista. Por quê? Porque é o insulto da moda, proferido sem qualquer fundamento e que deve ser devolvido com fundamento: Corruptos não passarão!

Percival Puggina, arquiteto, empresário e escritor, é membro da Academia Rio-Grandense de Letras e autor de “Crônicas contra o totalitarismo” e “Cuba, a tragédia da utopia”.
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