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O Brasil deveria fazer como os Estados Unidos fizeram sob a liderança de Donald Trump: defender, com unhas e dentes, sua indústria, seus empregos e seu povo. Enquanto o norte-americano enfrentou a China, reduziu impostos e protegeu os trabalhadores americanos, Lula prefere discursos ideológicos e alianças com regimes de democracia duvidosa. Vide a relação com Cuba, Venezuela, Nicarágua e Irã – hoje os principais parceiros diplomáticos de um governo que se diz defensor da democracia, mas fecha os olhos para as ditaduras que o aplaudem.
A mais recente demonstração dessa contradição veio na tentativa frustrada de transformar uma simples ligação telefônica com Trump em ato de grandeza política. O governo tratou o episódio como se fosse um feito diplomático, mas, na prática, foi apenas uma manobra apressada para conter o desgaste do tarifaço americano, que, desde julho, vem atingindo duramente a indústria e o agronegócio brasileiros. Lula reuniu Geraldo Alckmin, Fernando Haddad e Mauro Vieira para uma conversa de meia hora, descrita pelo Planalto como “amistosa”.
Trump fez o que líderes fortes fazem: defendeu empregos, produção e soberania. Lula, mais uma vez, ficou no discurso. O governo transformou o Itamaraty em assessoria de imprensa e o Planalto em agência de marketing
O conteúdo da nota oficial é vazio e se limita a relatar o óbvio: que Lula teria solicitado a retirada da sobretaxa de 40% sobre produtos nacionais – mas não explica como, nem quando, nem se o pedido foi sequer considerado. Isso é o que se conhece por “bater lata” – algo em que o PT é especialista. De concreto, nada: nenhuma promessa, nenhum cronograma, nenhum compromisso firmado.
Enquanto o governo busca emplacar manchetes otimistas nos jornais, o setor produtivo – especialmente a indústria e o agro – continua à espera de dias melhores. São três longos meses de silêncio e omissão, e agora o Planalto tenta transformar uma conversa de bastidores em jogada de marketing.
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Trump, ao contrário, fez o que líderes fortes fazem: defendeu empregos, produção e soberania. Lula, mais uma vez, ficou no discurso. O governo transformou o Itamaraty em assessoria de imprensa e o Planalto em agência de marketing. Tudo é divulgado com estardalhaço, mas o que o país vê é uma política externa sem rumo e sem resultados. É diplomacia de fotografia, não de estratégia.
Na ONU, o contraste ficou ainda mais evidente. Lula ganhou três míseras palmas após o discurso – puro reflexo do cansaço global com a retórica vazia que tem assolado o Brasil em mais uma trágica gestão da esquerda. Enquanto Trump foi aplaudido ao defender reféns e condenar o terrorismo, Lula recitou chavões e posou de pacificador seletivo – duro com democracias, condescendente com tiranias.
O mesmo Planalto que diz ter tirado o país do “Mapa da Fome” não consegue conter a inflação no supermercado; o mesmo governo que fala em “regular redes sociais” prepara uma mordaça digital; e o mesmo líder que reclama do “unilateralismo americano” é o que, hoje, pede para ser ouvido em Washington sem ter nada a oferecer além de narrativas.
Fabio Oliveira é deputado estadual e especialista em Gestão Pública.
Conteúdo editado por: Jocelaine Santos



