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Na quarta-feira (27/08), um homem disparou mais de 100 tiros contra uma igreja católica em Minneapolis. Ele mirava nos estudantes que participavam de uma missa de volta às aulas. Tragicamente, matou duas crianças e feriu outras 18. Depois, tirou a própria vida.
O prefeito de Minneapolis, Jacob Frey, correu para o local e prontamente criticou os cristãos. “Não digam apenas que isso é sobre pensamentos e orações agora”, disse ele. “Essas crianças estavam literalmente rezando. Era a primeira semana de aula. Elas estavam em uma igreja.”
“Chega de pensamentos e orações”, escreveu Jen Psaki, ex-secretária de imprensa da Casa Branca, no X. Em resposta à secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, que defendeu aqueles “que acreditam no poder da oração”, o governador da Califórnia, Gavin Newsom, escreveu no X: “Essas crianças estavam literalmente rezando quando foram alvejadas.”
A esquerda se obseda com microagressões, mas não vê problema em seus líderes zombarem dos cristãos depois que crianças cristãs foram assassinadas por estarem em uma igreja
Apesar da condescendência, essa é uma objeção que merece ser respondida.
Uma das razões pelas quais os cristãos oram é que, em muitas situações trágicas, não há nada fisicamente que possamos fazer. Mas podemos apelar ao Deus do universo. Ele pode proteger os policiais que atendem à ocorrência. Ele pode curar os feridos e guiar os médicos que cuidam deles. Ele pode consolar os de coração partido. Ele pode intervir de forma sobrenatural em maneiras que nós não podemos. E, é claro, um policial presente na cena não deve apenas responder com oração.
Se você não acredita em Deus, isso pode parecer tolice. Tudo bem. Mas deveria compreender por que os cristãos oram. Há ainda outra alegação nessas declarações: a oração falhou e, por extensão, Deus também. O atirador chegou a escrever “Onde está o seu Deus” em um dos carregadores do seu rifle.
Quem chega a essa conclusão desconhece a Bíblia e a história da Igreja.
Jesus, o Filho unigênito de Deus, viveu uma vida perfeita, mas morreu na cruz enquanto enfrentava zombarias semelhantes: “Salvou os outros, mas não pode salvar a si mesmo.”
Ainda assim, aqueles zombadores não perceberam o que estava acontecendo diante de seus olhos. Na cruz, Jesus pagou a penalidade que você e eu merecemos por nossos pecados. No terceiro dia, Deus o ressuscitou dos mortos. O sacrifício de Jesus oferece salvação àqueles que o confessam como Senhor e creem que Deus o ressuscitou.
O que parecia, aos olhos humanos, o fracasso supremo era o plano de Deus para salvar a humanidade — e oferecer uma esperança que a dor e a morte não podem destruir. “Considero que os nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada”, escreveu Paulo em Romanos 8.
As famílias em Minneapolis não foram as primeiras cristãs a sofrer intensamente. A maioria dos apóstolos foi martirizada por sua fé. No Império Romano, cristãos foram crucificados, queimados, lançados aos leões e torturados de diversas formas. Desde 2009, islamistas já mataram mais de 50 mil cristãos na Nigéria.
O que é notável são as muitas histórias de cristãos enfrentando a morte com calma, alegria ou até cânticos.
Em 202 ou 203 d.C., um grupo de cristãos foi preso por causa da fé. Após serem condenados a uma morte horrível, Perpétua, uma jovem mãe, escreveu em seu diário: “Voltamos à prisão de bom ânimo.”
Um narrador continuou a história. Na véspera de suas mortes, eles falaram à multidão, “enfatizando a alegria que teriam em seu sofrimento.” Enquanto ela e os outros mártires morriam, exortava os demais a “permanecer firmes na fé e amar uns aos outros.”
Os não crentes podem supor que o sofrimento terreno dos seguidores de Deus o diminui. Não diminui, e não tem diminuído há 2.000 anos. Mesmo que eu muitas vezes falhe em viver bem essa verdade, nossa esperança não está neste mundo.
E, quando a tragédia torna isso difícil de lembrar, é hora de orar.
©2025 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês: In Defense of Praying After Tragedy



