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Sarney se deu bem, Renan está firme e forte, Jader faz o caminho de volta, os comissionados continuam numa boa, os terceirizados de lá não saem. Tudo estaria na santa paz no Senado não fosse uma curiosidade: quem parece à beira de um ataque de nervos são justamente os concursados.

Alguns, até velhos amigos, enviam e-mails irados porque escrevi sobre a ‘vaga sensação’ de que alguns concursos são usados para ‘lavar’ vagas de apadrinhados. Então, vamos começar do começo.

Os terceirizados são necessários, e deve haver mesmo uma cota de assessores comissionados que conheçam a história, a agenda, o Estado do senador. Desde que não sirvam como porta de entrada para tramoias nem que eles tenham mais poder que os concursados.

Comissionados e terceirizados vão, e os concursados ficam. A estes deveriam caber as diretorias (reais), os principais cargos (reais), as melhores funções (reais), porque saem da elite de universidades de todo o país, passam por exames dificílimos, especializam-se em áreas áridas como orçamento, finanças, defesa, regimento, ambiente, energia e vai por aí afora.

Dito isso, acrescenta-se: eles devem ser os maiores interessados em que não haja a mais vaga sensação de que os mandachuvas são também capazes, entre tantas coisas, de usar concursos para ‘lavar’ vagas de apadrinhados pré-escolhidos. Essa sensação existe. E, quanto mais provas e concursos, maiores as chances de fraudes e irregularidades. A fiscalização, pois, tem de aumentar na mesma proporção.

Um raciocínio tão elementar atiçou traumas às vezes irracionais e criou carapuças imaginárias. Cobrar rigor e que se eliminem quaisquer suspeitas, por mais vagas que sejam, não é condenar concursos e concursados. É exatamente o oposto: defender os concursos e os reais concursados. Quem nunca ouviu falar em separar o joio do trigo?

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