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Sergio Moro
O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Paraná, assim como todo o Brasil, está perplexo, para dizer o mínimo, com a saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça do atual governo. Entendemos, como outras lideranças do nosso estado, que o presidente da República, Jair Bolsonaro, ao forçar esta “demissão”, cavou ainda mais o fosso existente entre a sociedade e seu governo. E, de forma irreparável, comprometeu as relações com o Congresso, tribunais superiores e entes federativos.

Com mais este capítulo, pode crescer a temerária ameaça à Constituição e ao Estado Democrático de Direito e levar o próprio governo a um beco escuro e injustificável, com perda de importantes ministros e, paralelamente, dos próprios eleitores que o levaram ao poder. A mostra de disposição à egolatria provoca, infelizmente, uma descrença da população, por sentir traída a sua confiança nas autoridades que escolheu para dirigir os rumos do país.

Infelizmente, com este desfecho dramático em meio à pandemia da Covid-19, com graves consequências sociais e econômicas, o Paraná perde, o Brasil perde e o próprio presidente Bolsonaro perde. Como disse o senador paranaense Oriovisto Guimarães, o ex-ministro Moro, homem público sério, íntegro, com uma biografia de excelentes serviços prestados ao país, saiu por defesa de seus princípios, que são os princípios básicos de uma sociedade democrática, lastreada pela Constituição e por valores cristãos.

Nesse 24 de abril que se torna histórico na República, o paranaense Sergio Moro, principal responsável pela maior ação de combate à corrupção na história do Brasil, expôs para toda a nação os porquês de haver deixado um cargo para cuja nomeação abandonara 23 anos de exitosa carreira jurídica, e eles são lamentáveis. O Movimento Pró-Paraná, entidade composta por líderes representativos de nossa comunidade, de vários setores da sociedade, e que prima por valores humanos, humanistas e progressistas em sua essência, lamenta e muito a saída de Moro e do ex-diretor-geral da Polícia Federal Maurício Valeixo, mas tem a certeza de que nosso estado os acolherá como filhos ilustres que são.

*Marcos Domakoski é presidente do Movimento Pró-Paraná.

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