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Felipe Lima

Neste dia 22 de abril, quando pessoas em todo o mundo celebram o Dia da Terra, os líderes mundiais fazem história nas Nações Unidas, em Nova York. Mais de 100 países assinam nesta sexta-feira, confirmando sua adesão oficial, o Acordo de Paris sobre mudanças climáticas. Esse é um momento decisivo na história do nosso planeta, um recorde que registra o maior número de signatários a um acordo internacional em um único dia. Estamos confiantes que outros países farão o mesmo e assim teremos um acordo histórico, ambicioso, que poderá entrar em vigor o mais rápido possível.

Um futuro mais verde já está à vista. Líderes de cidades e países estão fazendo adaptações e inovações, deixando para trás os combustíveis fósseis. Empresários investem em uma economia de energia limpa. Os Estados Unidos avançam em seu compromisso para a redução das emissões de gases de efeito estufa entre 26% e 28% até 2025 em relação aos níveis de 2005. Para isso, estamos seguindo as normas mais rígidas de economia de combustível da nossa história. Já aumentamos em 20 vezes a geração de energia solar desde 2009 e propusemos regras que englobam desde normas para a conservação de energia em eletrodomésticos à redução das emissões de gases ricos em metano provenientes de aterros sanitários municipais de resíduos sólidos.

Um futuro mais verde já está à vista

Em meu estado natal, Maryland, estamos trabalhando para reduzir os danos dos gases de efeito estufa em 25% ao ano até 2020. O governo estadual empenha-se em tomar as decisões mais acertadas possíveis nas áreas ambiental e econômica, bem como em implementar estratégias eficientes em relação às mudanças climáticas. O estado desenvolveu mais de 150 programas e iniciativas que visam reduzir as emissões anuais em 55 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono ou seu equivalente.

Embora domesticamente estejamos adotando medidas climáticas significativas, os Estados Unidos também focam na cooperação internacional para enfrentar esse desafio global. A contribuição de US$ 500 milhões que destinamos no mês passado ao Fundo Verde para o Clima (GCF) – a primeira parcela do compromisso de US$ 3 bilhões dos EUA ao GCF – ajudará os países em desenvolvimento a reduzir suas emissões de carbono e se preparar para enfrentar impactos climáticos, ao mesmo tempo impulsionando nosso compromisso de alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, outro importante acordo histórico que o mundo firmou no ano passado.

Quando nossos presidentes se encontraram, em junho do ano passado, concordaram em trabalhar juntos para chegar a um acordo do clima ambicioso em Paris. Desde então, representantes dos Brasil e dos EUA uniram esforços para transformar as ideias dos dois presidentes em ação, incluindo a formação do primeiro Grupo de Trabalho de Alto Nível para a Mudança Climática, em outubro de 2015. Também compartilhamos melhores práticas e políticas no uso crescente de energia renovável por meio da Parceria do Clima Brasil-EUA, uma iniciativa da Missão dos EUA no Brasil. Estou orgulhosa em afirmar que nossos países instituíram metas ambiciosas, desempenhando um importante papel de liderança na elaboração do acordo de dezembro de 2015, durante a COP21.

Neste 46.º aniversário do Dia da Terra, a assinatura do Acordo de Paris é realmente motivo de esperança. Também é um lembrete do nosso compromisso compartilhado de combater as mudanças climáticas. Todos nós precisamos aproveitar o incentivo que o Acordo de Paris nos oferece para construir um futuro de energia limpa para nós, nossos filhos e nossos netos. A luta global contra as mudanças climáticas não tem volta.

Liliana Ayalde é embaixadora dos Estados Unidos no Brasil.
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