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Imagem ilustrativa.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

O setor de engenharia tem enfrentado um imenso desafio. Segundo relatório divulgado em 2023 pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA), aproximadamente 70% das empresas consultadas pelo Sistema Confea/Crea e Mútua relatam dificuldades para contratar profissionais com a qualificação necessária para atender as demandas atuais e futuras. Esse déficit pode gerar impactos significativos no mercado e provocar certa estagnação em áreas estratégicas da economia. Nesse contexto, fica evidente o papel das instituições de ensino superior, essenciais para a aplicação de soluções práticas e estratégias que revertam tal cenário.

É fundamental que novas metodologias e recursos sejam implementados para preparar de forma eficaz os futuros engenheiros, utilizando como estratégias, inclusive, desafios reais de indústrias e empresas por meio de institutos de pesquisa. Isso porque é evidente que estar imerso em um ambiente de inovação contribui para o desenvolvimento de profissionais capazes de lidar com os desafios tecnológicos e as demandas de um mercado em constante evolução.

Outra forma de alavancar o desenvolvimento dos futuros engenheiros ainda na graduação é investir em centros de inovação, ou seja, na criação de espaços conectados a institutos de pesquisa que promovam a experimentação de novas tecnologias. É necessário dispor de ambientes dinâmicos e colaborativos, onde os estudantes podem explorar novas ideias, criar projetos e acompanhar as tendências do mercado com o suporte de professores e outros profissionais mais experientes. Isso porque vivências práticas proporcionam experiências únicas e aproximam os alunos do mercado de trabalho, preparando-os para sua inserção profissional com uma visão ampla e atualizada das necessidades mundiais.

Já para aqueles profissionais que conquistaram seu espaço e atuam no mercado há anos, a pós-graduação e o MBA são fundamentais para manter-se atualizado, aprimorar o conhecimento em áreas com alta demanda, além de tratar de temas atualizados e relevantes. É preciso antecipar-se às demandas e estar pronto para ser fisgado por áreas em expansão e esta é uma delas.

Em suma, é importante que haja uma integração entre a teoria e a prática, por meio de parcerias entre empresas e institutos de pesquisa fomentados pela academia. Por outro lado, o desenvolvimento e a oferta de cursos que abordem as temáticas em alta na área de engenharia são fundamentais para atualizar e aprimorar as competências dos profissionais. O setor precisa inovar. Somente assim teremos engenheiros mais qualificados para os desafios de hoje e de amanhã.

Luciano Freire é pró-reitor em Engenharia e Tecnologia no Centro Universitário Facens.

Conteúdo editado por:Jocelaine Santos
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