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Vacina contra Covid-19: RFK Jr. e o crepúsculo do autoritarismo sanitário

Robert F. Kennedy Jr., atual Secretário de Saúde dos EUA, se destacou como uma das poucas vozes lúcidas diante o autoritarismo sanitário. (Foto: Will Oliver/EFE/EPA)

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A recente decisão da FDA de retirar a recomendação da vacina contra a Covid-19 para crianças e gestantes não é apenas um recuo técnico: é a confissão silenciosa de um erro catastrófico. Um erro cometido em nome da "ciência", mas sustentado por interesses políticos, censura ativa e um culto quase religioso à autoridade estatal. Durante a pandemia de Covid, a gestão Biden não hesitou em transformar os Estados Unidos – suposto bastião das liberdades civis – em um laboratório autoritário, onde o questionamento era criminalizado e a obediência cega convertida em virtude.

Nesse contexto, Robert F. Kennedy Jr. se destacou como uma das poucas vozes lúcidas, ainda que incômodas. Rotulado pela imprensa como “antivax”, perseguido pelos inquisidores digitais e marginalizado por um Partido Democrata cada vez mais intolerante, RFK Jr. manteve-se firme na denúncia dos riscos, inconsistências e omissões das vacinas de mRNA – sobretudo quando aplicadas em públicos sem evidência robusta de benefício. Em vez de ceder à pressão do consenso fabricado, Kennedy defendeu a transparência, a responsabilidade e, acima de tudo, o direito do cidadão de decidir sobre o próprio corpo. Coisa rara em tempos de passaporte vacinal e segregação sanitária, comuns durante a pandemia da Covid.

A gestão Biden, herdeira do pânico pandêmico, não teve pudor em manipular dados, pressionar redes sociais a censurar opiniões divergentes e usar agências de saúde como instrumentos de coerção

A ironia da história – ou sua justiça – é que os fatos estão lhe dando razão. A remoção da recomendação para crianças e gestantes vem meses após os primeiros estudos mais abrangentes apontarem riscos de reações adversas, inclusive cardiovasculares, e a completa ausência de ganhos comprovados nestes grupos.

O que RFK Jr. dizia em 2021, com base em dados e bom senso, está sendo finalmente reconhecido pelas mesmas agências que, ontem, o acusaram de espalhar "desinformação". O que mudou? Não a ciência, mas o custo político de sustentar a farsa.

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Tratou cidadãos como cobaias, médicos como funcionários do regime e a liberdade como um capricho dispensável. Nunca se tratou apenas de proteger a saúde contra a Covid – mas de controlar narrativas, suprimir dissidências e consolidar poder sob o verniz da emergência. Kennedy Jr., com sua biografia marcada pelo ativismo ambiental, pelo enfrentamento ao poder corporativo e agora pela resistência à tirania sanitária, provou que coragem e coerência ainda têm lugar na vida pública.

Sua presença como voz ativa – e como secretário de Saúde – representa um ato de resgate moral para um país dilacerado por mentiras travestidas de cuidado. Ao contrário do que diziam seus detratores, RFK Jr. não é um perigo à saúde pública. É uma de suas últimas esperanças.

Marcos Paulo Candeloro é graduado em História (USP), pós-graduado em Ciências Políticas (Columbia University- EUA) e especialista em Gestão Pública Inovativa (UFSCAR).

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