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África do Sul, país com maior número de casos de coronavírus no continente, já apresenta queda nos números da Covid-19| Foto: Michele Spatari/AFP

Para começar esse resumo de notícias. Com seis vezes mais habitantes que o Brasil, o continente africano tem o equivalente a um terço dos casos e um quarto dos mortos por coronavírus em terras brasileiras. Como explicar essa situação se a África está geograficamente mais próxima a países que tiveram altos índices de contágio e, reconhecidamente, tem menos condições de atendimento médico? Dica: não é [apenas] subnotificação.

Imunidade. O jornalista Anderson Gonçalves buscou respostas. O Instituto de Pesquisa Médica do Quênia, por exemplo, identificou que um em cada 20 quenianos têm anticorpos da Covid, número semelhante à Espanha no final de maio, quando havia 27 mil mortos no país europeu. O contato com outros tipos de coronavírus na África e outras doenças pode ter potencializado a resposta imune dos africanos. Mas não é só isso: a doença pode ainda não ter se espalhado pelo interior da África. Entenda por que o continente vem resistindo ao coronavírus.

Utilidade pública: além da Covid na África

Reinfecção e vacina. Um homem de Hong Kong foi reinfectado pelo coronavírus quatro meses após ficar internado com a doença. Dessa vez, ele estava assintomático; saiba mais sobre o primeiro caso de reinfecção cientificamente comprovado. Isso sinaliza que as vacinas produzidas deverão ser renovadas periodicamente por conta de mutações no vírus. Veja como está a busca pela imunização no Monitor das Vacinas contra a Covid-19 em um infográfico constantemente atualizado pela Gazeta do Povo.

115 mil vidas. Segundo o último boletim do Ministério da Saúde, o Brasil registrou 17.078 casos e 565 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas e rompeu a barreira dos 115 mil óbitos. São 3,62 milhões de infectados, com 2,77 milhões recuperados. Entre os profissionais de saúde, os contágios passam de 258 mil. Já o Paraná pode alcançar 3 mil óbitos nesta terça (25). Além da Covid-19, há outro desafio: os hospitais particulares pedem a retomada das cirurgias eletivas; leia na reportagem de Rosana Felix.

Bolsonaro, cloroquina e outros remédios. Ao promover o “Encontro Brasil vencendo a Covid-19”, nesta segunda-feira (24), o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender o uso da cloroquina e disparou ataques a jornalistas; a repórter Kelli Kadanus acompanhou. Vale lembrar: não há comprovação científica nem para a cloroquina, nem para outros remédios no combate à Covid-19. Mesmo assim, 21 medicamentos estão sendo testados no Brasil por pesquisas estrangeiras.  Outra novidade é quanto a respiradores: a Nasa produziu um modelo que será reproduzido no Brasil.

Política e economia

Coronavírus na economia. O presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta segunda (24) a prorrogação por mais dois meses do programa que permite reduzir jornadas e salários na iniciativa privada. Já o saque emergencial de R$ 1.045 do FGTS continua sendo disponibilizado pela Caixa, mesmo após a Câmara deixar caducar a medida provisória e ter um projeto na mesa; leia na reportagem de Fernanda Trisotto. A jornalista ainda mostra que os brasileiros conseguiram poupar durante a pandemia; isso pode ajudar na retomada econômica.

Corrupção e assassinato. O Ministério Público Federal e o do Paraná firmaram acordo de leniência com o grupo J. Malucelli, Saiba mais sobre o novo acordo de “delação empresarial” na reportagem de Roger Pereira. Conforme apurou Catarina Scortecci, a delação pode abastecer processos ligados ao ex-governador Beto Richa. Uma denúncia que veio à tona entre domingo (23) e segunda (24) foi quanto ao assassinato do marido da deputada federal Flordelis (PSD-RJ): além de 7 familiares presos, a deputada é suspeita de tentar envenenar o marido ao menos seis vezes.

Votação do Fundeb. O Senado pode votar nesta terça (25) a PEC do Fundo Nacional de Financiamento Estudantil (Fundeb). O fundo poderá pagar aposentadorias e pensões de professores? Leia a resposta na reportagem de Isabella Barone, de Brasília. E por falar em educação, enquanto a não há data da volta as aulas, a jornalista Camila Abrão denuncia uma ameaça: não há água tratada para lavar mãos em 4 a cada 10 escolas do país.

Giro pelo mundo. Nos Estados Unidos, mais um incidente chocou o país: um policial disparou 7 vezes contra um negro. Houve protestos. Também nos EUA, o partido Republicano oficializou Donald Trump na disputa pela reeleição, mas o presidente diz que os democratas estão usando a pandemia para “roubar” as eleições. Entenda quais são as 5 novas propostas de Trump para os Estados Unidos.

O que mais você precisa saber hoje

Colunas e artigos

Bolsonaro, jornalistas e frase em latim. No domingo (23), o presidente Jair Bolsonaro disse a um jornalista que gostaria de “encher a sua boca de porrada”. A declaração viralizou, mas a colunista da Gazeta do Povo, Madeleine Lascko questiona: Você acredita em jornalistas chocados com Bolsonaro? E em Papai Noel? Tema também para o cronista Paulo Polzonoff, que explica o que o tubarão-da-Groenlândia tem a dizer sobre a fala de Bolsonaro. Já Fabio Marcelo Calsavara levanta outra polêmica: a de um assessor especial de Bolsonaro que postou uma citação em latim ligado a um grupo nazista europeu.

Debates pandêmicos. Nesta segunda (24), a jornalista Cristina Graeml acompanhou um documento levado pessoalmente a Bolsonaro por uma caravana de médicos; veja o que eles pediram sobre a cloroquina. Outra dica de leitura para começar a semana: a editora de Ideias Maria Clara Vieira traz uma entrevista com o matemático Adam Kucharski, que acaba de lançar no Brasil o livro “As regras do contágio: por que as coisas se disseminam - e por que param de se propagar”.

Nossa visão

Demolição em três atos. A destruição da Operação Lava Jato é uma trama que diz muito sobre o futuro do combate à corrupção no Brasil. Esse desmonte vem ocorrendo desde antes do atual governo. Tema para editorial da Gazeta do Povo: Lava Jato, demolição em três atos.

O STF não se contenta em demorar a julgar as (poucas) ações da Lava Jato que lhe dizem respeito: várias decisões equivocadas favoreceram a impunidade e prejudicaram o bom trabalho realizado nas instâncias inferiores. Em março de 2019, o Supremo decidiu fatiar processos, determinando o envio à Justiça Eleitoral de todos os casos em que houvesse investigação sobre caixa dois.

Para inspirar

Nutrição. Se há um lado bom na pandemia, pode ser esse: a comida saudável voltou ao prato do brasileiro. Veja as provas na reportagem de Amanda Milléo, editora de Saúde da Gazeta do Povo. Aproveite e reflita: você melhorou sua alimentação nos últimos meses?

Pense nisso e tenha uma boa semana!

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