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E ainda: criminosos furtam grãos de trens e caminhões

Com pausa na CPI, MST invade terras. PP e Republicanos vão aderir ao governo Lula. O que segura o preço do pão no Brasil

Invasão do MST em fazenda no município de Hidrolândia (GO) mobilizou 600 famílias
Invasão do MST em fazenda no município de Hidrolândia (GO) mobilizou 600 famílias (Foto: Divulgação/MST-GO)

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O MST aproveitou a pausa na CPI das invasões de terra, provocada pelo recesso parlamentar, para atacar fazendas em Goiás e em Pernambuco. O presidente da Comissão, deputado Luciano Zucco (Republicanos-RS), afirma que houve um "natural afrouxamento da fiscalização" por causa do recesso, mas diz que, na volta dos trabalhos, os parlamentares vão cobrar o governo "com firmeza" a respeito do tema.

Base no Congresso. Mesmo sendo conservadores, PL, PP e Republicanos decidiram colaborar, em diferentes níveis, com o governo Lula. No caso do PL, legenda de Jair Bolsonaro, a decisão é por tolerar votações de filiados a favor de pautas do Planalto que dialoguem com o "interesse nacional". Já PP e Republicanos devem ter postura mais ativa para atender a demanda de seus parlamentares por cargos e verbas.

Preço do pão.  Em dez dias, a cotação do trigo acumulou alta de 16% na Bolsa de Chicago. O preço foi impulsionado por questões internacionais, mas o aumento ainda não chegou ao Brasil. Segundo analistas, isso não ocorre pela ação do governo: fatores regionais e sazonais têm blindado o preço do pãozinho brasileiro das oscilações no valor do trigo. Leia mais nesta reportagem.

Política, Economia e Mundo

Furtos de grãos. Ataques de organizações criminosas estão causando prejuízos no transporte de grãos para os portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR). Quando a mercadoria está sendo levada por caminhões, os bandidos aproveitam diminuições de velocidade para abrir a tampa traseira dos veículos e derramar parte da carga. Depois, os grãos são varridos da estrada, ensacados e vendidos. Vagões de trens também são alvo.

Afronta à separação dos Poderes. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou que estados e municípios não podem remover moradores de rua de espaços públicos, além de obrigar governos a adotarem um amplo conjunto de medidas voltadas ao tema. A decisão foi tomada com base no princípio de que, ao detectar a omissão do Legislativo e do Executivo, o Poder Judiciário pode induzir políticas públicas. Juristas ouvidos pela Gazeta do Povo, porém, avaliam que o STF está atropelando e "redesenhando" a Constituição ao ignorar a separação dos Poderes e o modelo federativo.

Giro pelo mundo. O governo Lula negou um pedido feito pelos Estados Unidos para extraditar um cidadão russo investigado por espionagem. Em Cuba, uma nova crise de abastecimento provoca a falta de 40% dos medicamentos da tabela básica da ilha.

Opinião da Gazeta

População de rua e ativismo judicial. Embora a manifestação mais comum do ativismo judicial seja a intromissão na seara do Poder Legislativo, outra faceta dessa interferência é a propensão de juízes a impor políticas públicas. (...) Agora, o Supremo, sempre provocado por partidos de esquerda nesses casos, também quer mostrar aos gestores como eles devem tratar a população de rua. Leia um trecho da opinião da Gazeta:

Quem é tão miserável a ponto de não ter um teto para chamar de seu certamente está entre os brasileiros mais vulneráveis, que merecem atenção especial da sociedade e do Estado. Mas esta é tarefa dos representantes eleitos pelo povo, não do STF.

Leia o editorial na íntegra.

O que mais você precisa saber hoje

Câmara dos Deputados. Governo discorda de Lira e tenta segurar reforma administrativa na volta do recesso

Conjuntura econômica. Queda de inflação, juros e “limpeza de nomes” podem ajudar consumo no 2º semestre

Marcio Pochmann. Indicado ao IBGE atacou Pix, criticou reformas e já defendeu IR de 60%

Segunda instância. Justiça mantém absolvição de Aécio Neves em acusação por corrupção passiva

Colunas e artigos

Incertezas no mundo das apostas. Nesta semana o governo federal publicou uma medida provisória regulamentando as apostas esportivas. Artigo de Fernando Gonçalves e Ricardo Alegransi analisa o texto, diagnosticando que ainda há incertezas sobre o futuro desse mercado. Leia a íntegra.

Deltan Dallagnol fala sobre o uso do instrumento de delação premiada no caso Marielle Franco.

J.R. Guzzo comenta o encontro de Luís Roberto Barroso, do STF, com Joesley Batista e André Esteves.

Para inspirar

Arquitetura minúscula em São Paulo. A CASACOR São Paulo também dá atenção a espaços pequenos como as chamadas tiny houses. O nome significa, literalmente, "casas minúsculas", e diz respeito a um movimento voltado à vida sustentável e simplificada. HAUS te mostra seis versões das moradias pequeninas.

Tenha um ótimo dia e um excelente final de semana!

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