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Bom dia!

Uma semana antes do primeiro turno, milhares de pessoas foram às ruas no movimento “#EleNão” e, depois, em apoio ao candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL). O capitão da reserva viu seu nome ganhar força. Agora, com adesão menor, milhares de pessoas voltaram às ruas no sábado (20) para protestar contra o primeiro colocado nas pesquisas. Ontem (21), seus apoiadores tingiram as cidades brasileiras de verde e amarelo mais uma vez. Que balanço é possível fazer desses atos? Fernando Martins tem uma resposta.

Pressão

Nos tribunais, porém, a situação é de apreensão. Na sexta-feira (19), o ministro Jorge Mussi, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), acolheu parte do pedido do PT e abriu inquérito para investigar a suposta compra de disparo de mensagens contra a campanha de Fernando Haddad (PT).

Ontem, a ministra Rosa Weber, presidente da corte, deu declarações protocolares e vazias na coletiva de imprensa convocada pelo TSE – a ministra está sendo duramente criticada, dentro e fora do tribunal. Aliás, os colunistas Rodrigo Constantino, Guilherme Fiúza e Gustavo Nogy discutem no Podcast Ideias desta semana: por que os intelectuais querem controlar o WhatsApp? Aproveite os afazeres matinais para escutar.

O que se sabe

Mas poucos fatos vieram à tona desde que a Folha de São Paulo publicou a denúncia contra a campanha de Bolsonaro na quinta-feira (18). O coordenador digital da campanha do candidato derrotado Geraldo Alckmin (PSDB) tem falado com a imprensa e se manifestado no Facebook: a empresa Croc Services teria oferecido à campanha do tucano um pacote de disparo em massa de mensagens via WhatsApp, incluindo números de bases de dados de terceiros, o que é ilegal.

Fumaça há, mas é preciso saber se há fogo mesmo. Atendendo a um pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, a Polícia Federal (PF) abriu inquérito para apurar os supostos envios em massa de mensagens pelo WhatsApp com notícias falsas contra ambos os candidatos à Presidência. O WhatsApp também anunciou ter banido centenas de milhares de números no Brasil, nos últimos dias, para conter desinformação, spam e notícias falsas durante a campanha. Infelizmente, parece que a novela vai longe.

Mais essa

Como se não bastasse, ontem viralizou um vídeo gravado em julho em que Eduardo Bolsonaro (PSL), eleito deputado federal por São Paulo, aparece dizendo que, para fechar o Supremo Tribunal Federal (STF), não precisa nem de um jipe, só de um cabo e um soldado. Bolsonaro pai falou que é caso de psiquiatra

Guido Orgis comentou a declaração de Bolsonaro filho, dada, aliás, poucos dias depois que Bolsonaro pai pensou em voz alta sobre aumentar de 11 para 21 o número de ministros do Supremo:

Bolsonaro e seus filhos podem discordar de decisões que soltaram uma ou outra pessoa. Podem discordar da forma como tramitam ações contra ele mesmo. Só não podem usar os cargos concedidos pelas urnas para controlar outro poder. O clã parece não ter entendido a importância das instituições e dos cargos que ocupam ou vão ocupar a partir de 2019 [...] Como qualquer outra instituição, Judiciário tem o que melhorar em transparência, isenção e representação da vontade popular. Só que isso não se resolve com jipe, cabo, soldado ou psiquiatra.

Reta final

Aliás, a confusão do WhatsApp está fazendo Bolsonaro rever sua estratégia nessa reta final: nada de ficar escondido, é preciso recuperar o protagonismo da campanha. Já Haddad vai focar no Nordeste, para não ver o bunker petista ser invadido pelos adversários.

Licença para matar?

Um projeto que não sai da boca de Bolsonaro é o do “excludente de ilicitude”. Mariana Balan explica que ele já existe e o que, afinal, o candidato quer com isso.

Estrada à frente

Os desafios do próximo presidente serão muitos e bem mais difíceis do que ganhar a eleição. Que tal os 23 mil quilômetros de rodovias avaliados como “péssimos”, “ruins” ou “regulares”?

A propósito, é sobre esse desafio e outros na área de infraestrutura que o editorial de hoje (22) da Gazeta do Povo comenta:

Não há dúvida de que as estradas brasileiras precisam urgentemente de melhorias, e que as concessões estão entre as soluções que precisam ser implementadas. Mas isso não significa deixar de olhar para os demais modais. A greve dos caminhoneiros mostrou a enorme dependência que o país tem da malha rodoviária, a ponto de o abastecimento de itens básicos ser gravemente prejudicado quando as estradas não estão disponíveis para o transporte desses produtos. É preciso ampliar a participação das ferrovias, hidrovias e aeroportos, que também são peças-chave para a integração nacional.

Revoada tucana

Um dos partidos mais duramente atingidos pelo resultado das eleições foi o PSDB. Anderson Gonçalves foi atrás de entender por que o partido sofreu a maior derrota de sua história.

Ainda somos os mesmos

De fato, o Congresso se renovou, mas Flávia Pierry mostra que o lobby do funcionalismo continuará lá, firme e forte. Um entrave às reformas econômicas e ao combate a privilégios.

Novato

Você conhece Romeu Zema (Novo), o candidato ao governo de Minas Gerais que virou a política no estado de cabeça para baixo? Kelli Kadaus analisa a campanha e os desafios para o candidato e seu partido.

Fraude?

Você deve ter recebido no WhatsApp muitas “denúncias” de problemas nas urnas eletrônicas no domingo (7) da eleição. Aqui no Paraná, o PSL conseguiu que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) marcasse uma auditoria em oito equipamentos. A conclusão: “não há indícios de qualquer espécie de fraude no sistema ou no funcionamento das urnas.”

Força-Tarefa

Falta pouco para Michel Temer (MDB) fazer as malas, mas o presidente assinou um decreto que cria um comitê para compartilhar de informações e produção de relatórios entre órgãos de inteligência do governo federal. Além da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), fazem parte do grupo, entre outros, a Receita Federal, as Forças Armadas, a Polícia Federal e o Ministério da Segurança Pública. As atividades serão coordenada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

Atenção

Esta dica é boa. Isadora Rupp (Viver Bem) recomenda: “Quem tem o hábito de cozinhar leite condensado na panela de pressão para transformá-lo em doce de leite precisa ficar atento para os riscos de contaminação: quando é usada a caixa em vez da lata, há riscos de o alimento ficar com resíduos químicos que afetam a saúde.”

Volta ao mundo em 1 minuto

O comunismo chinês vai pôr as garras de fora (ainda mais)? Vandré Kramer (Mundo) escreve:

Desculpa esfarrapada. É o mínimo que pode ser dito da justificativa saudita para a morte do jornalista Jamal Khashoggi no consulado saudita em Istambul, no dia 2. Pelo menos 9 questões sobre o destino do colaborador do Washington Post não foram respondidas. E a Turquia prometeu que não vai deixar que a morte seja acobertada

Ameaça. A iniciativa privada na China está sofrendo ameaças. As empresas estatais são cada vez mais responsáveis pelo crescimento da produção industrial e dos lucros, áreas onde as privadas já lideraram. As empresas poderiam enfrentar aumentos de impostos e de custos de benefícios dos empregados. E alguns intelectuais querem que companhias privadas sejam totalmente abolidas. 

Repressão. Uma decisão tomada pelo presidente americano Donald Trump se mostrou um revés para democracia no Vietnã. Com a Parceria Transpacífica, o país asiático prometeu mais direitos aos trabalhadores. Mas, com a saída dos EUA do acordo, o Vietnã desencadeou uma violenta repressão contra sindicalistas e ambientalistas.”

Imagem do dia:

As ameaças e as bravatas de Mr. Trump em relação à caravana de migrantes centro-americanos que estão indo em direção aos EUA não estão funcionando. O presidente já ameaçou fechar a fronteira com o México, e a caravana, que já tem mais de 5 mil pessoas, segue avançando.PEDRO PARDOAFP

Paraná

Esquentou. 

Dois dos empresários denunciados à Justiça pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) em desdobramento da Operação Rádio Patrulha confirmaram que a licitação do programa “Patrulhas do Campo” foi direcionada aos vencedores. Mas disseram que não é bem assim.

Orgulho #SQN Falando na Justiça, Kátia Brembatti explica a situação complicada do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), que já foi parar até no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Renovação? O dinheiro conta, e muito. Catarina Scortecci mostra que os 15 deputados reeleitos no estado registraram juntos uma receita de R$ 23,5 milhões para suas campanhas. Já os 15 “novatos” informaram uma arrecadação de R$ 12,3 milhões. Entre estes, dois se sobressaem. Você é capaz de adivinhar quem?

Aliás... Entre os eleitos, a novidade da “vaquinha virtual” foi bem menos relevante nos gastos. Entre os 30, apenas seis informaram ao TSE ter usado recursos de financiamento coletivo e, juntos, arrecadaram pouco mais de R$ 32 mil nessa modalidade.

Tabuleiro. Rogério Galindo já está olhando para 2020. Com o resultado das eleições, como está a disputa para a prefeitura de Curitiba?

Futebol. Ontem, na estreia do técnico Dado Cavalcanti, o Paraná perdeu para o Flamengo por 4 a 0. No sábado, o Furacão ficou no 0 a 0 com o São Paulo e cumpriu sua sina fora de casa. Confira como a tabela da Série B. Confira como ficou a tabela da Série A

Curitiba

Triste. Um levantamento da prefeitura mostra um crescimento de 38% da população em situação de rua em Curitiba, comparado a 2016. É o velho problema da falta de planejamento. A mudança e a falta de continuidade dos procedimentos para avaliar a quantidade de pessoas morando nas ruas podem prejudicar o resultado e afetar as políticas de combate ao problema

Seja parte da solução. De móveis usados a galhos de árvores, a prefeitura de Curitiba retira 120 toneladas de lixo dos rios por mês. É muita coisa! Saiba o que fazer com móveis usados, lixos e resíduos em Curitiba.

Fofura. E não vá embora antes de conferir esta aqui. Isadora Rupp (Viver Bem) indica: “Ainda não votou no Cachorro do Ano, concurso da Gazeta do Povo para eleger o pet mais fofo de Curitiba e região? Temos mais um excelente motivo: a quantidade de votos será convertida em ração, que depois será doada para ONG´s cadastradas na Rede de Proteção Animal.” 

Uma ótima semana a todos! Até sexta vamos juntos.

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