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Renda Básica Universal: Eduardo Suplicy
Renda Básica Universal: sonho do petista Eduardo Suplicy pode ser concretizado pela gestão Boslonaro.| Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Para começar esse resumo de notícias. A pandemia de coronavírus fez o governo criar alternativas para apoiar uma “população invisível”. O auxílio emergencial ajudou, por exemplo, o país a ter uma ideia do número de informais no pais. Incentivou também a retomada do debate pela criação de uma renda básica universal.

A proposta. Há 30 anos, a ideia de um programa neste sentido foi levantada pelo ex-senador e hoje vereador de São Paulo Eduardo Suplicy (PT). Ele chegou a tentar emplacar a proposta nos governos Lula e Dilma. Não deu certo. Por ironia do destino, isso pode funcionar agora, no governo de um adversário petista: Jair Bolsonaro.

Renda básica universal. Suplicy parece entusiasmado com a possibilidade após a criação de programas sociais desenvolvidos na pandemia. Ele conversou com a editora Giulia Fontes, que traz mais detalhes sobre como funciona a ideia de que cada brasileiro tenha acesso a um valor mínimo mensal e o que Suplicy pensa sobre a proposta entrar no radar em meio à pandemia.

Utilidade pública

Trabalho em tempos de Covid. Além da renda básica universal, outro desejo – este de muitos empresários – pode virar realidade. Correspondente em Brasília, Jéssica Sant’Ana revela que a Câmara dos Deputados aprovou uma emenda à MP das regras trabalhistas que permite suspender pagamentos de acordos trabalhistas até o fim do ano. Sobre o auxílio emergencial, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a União não aguenta prorrogar o auxílio no valor de R$ 600.

Contaminados não diagnosticados. Nesta segunda (22), o Brasil registrou 21,4 mil novos casos e 654 novos óbitos por coronavírus (veja dados do Ministério da Saúde). São mais de 1,1 milhão de casos, mas o Brasil pode ter um número real bem maior, entenda os motivos  e o comparativo de testagem com outros países. Para ampliar os diagnósticos, a Universidade Federal do Paraná busca uma parceria para levar ao mercado um teste para Covid-19 com resultado em 15 minutos, confira na reportagem de Célio Yano. A análise identifica anticorpos em quem teve a doença.

Recuperados da Covid-19. No Sul do Brasil, o Paraná está “atrasado” quanto à apresentação de casos recuperados, veja os motivos na matéria de Rosana Felix. Com o avanço da doença no estado, que dobrou o número de mortes em 15 dias, o único hospital de campanha montado para a pandemia no Paraná começou a funcionar em Cascavel, revela reportagem de Roger Pereira. A cidade, localizada no Oeste do estado, é uma das muitas cidades do interior do Brasil que viraram alvo fácil para a Covid-19; compreenda o avanço da pandemia Brasil adentro no texto de Carlos Coelho.

Minuto Coronavírus

Política e economia

Guardiões da Constituição e atos antidemocráticos. De Brasília, Olavo Soares esclarece uma dúvida comum: Quem é o guardião da Constituição, Supremo ou Forças Armadas? O debate ganhou corpo com os protestos que opõem apoiadores e opositores do governo federal. As manifestações, inclusive, colocaram deputados na mira: a Procuradoria-Geral da República suspeita que quatro deputados usaram verba da cota parlamentar para propagar atos antidemocráticos. Por falar no tema, o ministro Alexandre de Moraes levantou o sigilo da decisão que autorizou a operação contra aliados de Bolsonaro.

Eleições municipais. Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso propôs ao Congresso ampliar a campanha eleitoral de municípios devido à pandemia, mesmo que a votação seja adiada. Ele já fala em anistia de multa para quem não for às urnas. O TSE também revisou  a distribuição de recursos para o fundo eleitoral e o ex-partido do presidente Jair Bolsonaro saiu ganhando: terá R$ 5,7 milhões a mais, um total de R$ 199,4 milhões, valor apenas menor que o do PT. O correspondente Olavo Soares resume tudo o que pode mudar nas eleições de 2020.

Giro pelo mundo. Na América do Sul, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, arquivou a expropriação da agroexportadora Vicentin. No fim da semana, a Colômbia aprovou prisão perpétua para assassinos e estupradores de crianças. Na vizinha Venezuela, o ditador Nicolás Maduro pode se encontrar com Donald Trump, presidente norte-americano. Trump também aumentou as restrições a trabalhadores estrangeiros. Fora do continente americano, a tensão entre China e Índia escalou. Editora de Mundo, Helen Mendes desvenda os recursos militares chineses na fronteira dos países.

O mais importante de ontem no Brasil

Podcast 15 Minutos

Colunas e artigos

Vozes na Gazeta. O jornalista Diogo Schelp mostra alguns erros de quem pensa que o assistencialismo é salvação para Bolsonaro. O escritor Guilherme Fiuza debate a “Seita da Terra Parada”, que roubou o espaço dos terraplanistas. Jornalista e escritor, Paulo Polzonoff mostra seu novo certificado e o que aprendeu em um curso para antifascistas da Juventude Socialista. Pouco depois, ele ‘atualizou’ uma entrevista com o falecido Millôr Fernandes; vale a leitura.

Debates pandêmicos. O filósofo Luiz Felipe Pondé dá um banho de água fria ao argumentar que o novo normal é marketing e a desigualdade social não vai diminuir: vai aumentar. Temendo por isso, jornalista e o doutor em Educação, Arte e História da Cultura Ricardo Viveiros faz um pedido: nada de voltar à normalidade, tudo ser como antes. Pelo menos, como revela o texto de Fábio Calsavara, no pós-pandemia a inteligência artificial não vai substituir a criatividade.

Nossa visão

Editorial. Enquanto escritores e filósofos debatem o futuro e políticos debatem a renda básica universal pós-pandemia, esta Gazeta lembra o complexo caminho para o retorno social. Afinal, os números de casos confirmados do novo coronavírus já passaram de 1 milhão no Brasil, um número provavelmente subnotificado. E é inegável que os novos casos por dia deram um salto nas últimas semanas. Como será, então, a volta às aulas? Leia no editorial: O difícil caminho de retorno à normalidade.

Há muito receio em reabrir as escolas. Entretanto, seguindo mais ou menos o caso europeu, é possível imaginar uma retomada das escolas no início da primavera. E é nesse contexto que o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) preparou um protocolo para o retorno das atividades presenciais. Serão várias as adequações que as escolas terão de fazer a nível sanitário. Serão várias as adequações que as escolas terão de fazer a nível sanitário.

Para inspirar

Suporte à vida. Se você tem curiosidade em saber como é feito o tratamento de pacientes de coronavírus na UTI, a repórter de Saúde da Gazeta do Povo, Amanda Milléo, tem a resposta. Não basta ventilação mecânica e oxigênio: já que não há remédio contra o vírus, o protocolo é fazer o corpo ganhar tempo para sobreviver à doença.  Confira a reportagem.

Tenha uma boa semana.

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