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Já vivi o bastante para temer os vilões de cada temporada, desde o ar encanado, que em criança me obrigavam a evitar, até a manteiga, produto animal que dava câncer, infartos, embolias, o diabo. Houve época em que lá em casa só se usava margarina, produto natural e sem gosto.

Havia estatísticas provando a malignidade da manteiga e a excelência da margarina. Os tempos mudaram, e a situação se inverteu. Manteiga hoje é saudável, e a margarina é suspeita de fazer mal.

Com o açúcar – outro vilão – houve campanhas ferozes a favor dos ciclamatos, que, por sua vez, tempos depois foram suspeitos de provocar doenças mortais. Lembro o conselho de uma revista que publicava uma seção dedicada à saúde: condenava o ovo, atribuindo-lhe malefícios vários. Hoje o ovo está reabilitado, para gáudio dos cariocas, que têm no ovo frito uma de suas predileções culinárias.

O vilão de nosso tempo, pelo que vejo por aí, não é alimentar, mas elementar. O saco de plástico abandonado nas ruas e nas praias é responsável pelo potencial aquecimento do planeta que acabará com a nossa civilização. É suspeito até mesmo de exercer alguma influência maléfica nos terremotos e tsunamis que agridem a Terra.

Não chego ao ponto de considerar que sacos de plástico sejam uma ameaça ao equilíbrio cósmico do universo em que somos obrigados a viver. Milhões de mundos acabaram sem que o plástico e o seu devido saco fossem inventados.

O cigarro é um dos vilões mais temidos do nosso tempo. Há razão e motivo para isso. A medicina acusa o tabagismo de quase todos os males que levam o homem a morrer. Mesmo assim, há gente que duvida dessa certeza científica e continua fumando na base daquele velho tango, "fumando espero aquela que mais quero".

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