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O britânico Milo Yiannopoulos, que atualmente vive nos EUA e é editor do site de notícias Breitbart, é um jornalista que ganhou notoriedade por ser um crítico ferrenho da esquerda e das minorias autoritárias e barulhentas de um modo geral. Os representantes da direita americana (políticos, intelectuais e jornalistas... E na América há muitos, diferentemente do Brasil) costumam ter um tom mais formal e polido ao defender suas ideias. Nesse meio, Milo chamou a atenção porque fala a língua dos jovens, nunca foge de um debate e escancara o ridículo dos argumentos de seus adversários, sem nenhuma afetação de bom-mocismo para com os que lhe dirigem os piores xingamentos. Não bastasse ser um direitista com culhões, ele enquadra-se em algumas “minorias” – já que é gay (e do tipo espalhafatoso), é estrangeiro nos EUA, e filho de mãe judia e pai grego. Só que Milo não comprou o discurso vitimista. Sinceridade é sua marca registrada. Um sujeito desses só poderia ser odiado pela esquerda. Pois bem, há uns dias atrás, Milo deveria palestrar na prestigiada universidade de Berkeley, na Califórnia, mas foi impedido por vândalos, ao melhor estilo black bloc, que, berrando “fascista” aos quatro ventos, incendiaram e depredaram os arredores do auditório onde o jornalista falaria, e além disso soltaram bombas, tacaram pedras no pessoal que estava lá para ver a palestra, entre outras demonstrações de “discordância pacífica”. Essa seria uma situação surreal, dado que o sujeito taxado de “fascista” e “supremacista branco” foi justamente o que teve seu direito à liberdade de expressão tolhido; seria, mas não é, porque esse é o modus operand i desse pessoal e coerência não é o forte deles. Flávio Morgenstern explica como funciona a campanha difamatória contra um direitista, que torna o repúdio a essa pessoa – até mesmo o violento – justificável perante a opinião pública.

O valor da liberdade de expressão

João Luiz Mauad recorda-nos o valor da liberdade de expressão para uma sociedade que entende que a consciência individual precisa ser preservada da tirania das formas coletivistas de pensar.

Como a imprensa noticiou o episódio?

A maior parte dos jornais americanos tratou o que ocorreu em Berkeley como “protesto” (já viram esse filme?). Alguns jornalistas brasileiros conseguiram ir além. Talvez por não terem muitas informações sobre Milo, e terem como fonte a CNN e afins, caíram nos clichês: “protestos contra ato da extrema-direita”, e aí o público já consegue imaginar universitários carregando flores diante de policiais violentos que protegiam algum neonazista que tentava arregimentar seguidores. O fato de Milo ser libertário, gay e filho de judia torna-se um mero detalhe, de preferência nem mencionado. Agora, e se Milo fosse de esquerda, como seriam as manchetes? Será que os tais “manifestantes” não seriam qualificados de imediato como fascistas e homofóbicos? Rodrigo Constantino comenta a inversão da narrativa que a imprensa está ajudando a perpetuar.

Imagens do atentado em Berkeley

Que tal dizermos o que aconteceu em Berkeley com todas as palavras? No vídeo a seguir podemos conferir uma versão fiel aos fatos.

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