Em uma sessão atípica em Brasília, Jader Barbalho (PMDB) retornou ao Senado após dez anos de sua renúncia por envolvimento em suspeitas de fraudes na Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). A sessão deixou claro ao menos duas coisas: a primeira foi a necessidade de o Supremo Tribunal Federal decidir o quanto antes sobre a viabilidade da aplicação da Lei da Ficha Limpa, que, segundo o próprio Jader Barbalho, foi "o adversário mais duro" que enfrentou em sua vida, até mesmo maior do que Antonio Carlos Magalhães seu desafeto declarado na época da renúncia. A segunda veio pelas caretas do filho de apenas 9 anos do "novo" senador. Daniel mostrou a língua e fez vários gestos com as mãos durante a sessão, em clara demonstração de deboche. O gesto pueril de uma criança acabou servindo para expressar uma verdade nada conveniente: que políticos como Jader Barbalho agem e pensam, ou seja, não estão nem aí para a opinião pública.
Editorial 2



