Agiu rápido a presidente Dilma Rousseff diante de mais um escândalo de corrupção envolvendo membros de seu governo. Desta vez a denúncia envolvia quatro integrantes da cúpula do Ministério dos Transportes, afastados dos cargos por participarem de um suposto esquema de propina para a liberação de obras rodoviárias e ferroviárias. Para complicar, a negociata envolvia o Partido da República (PR), da base de apoio do governo federal, que recebia uma parte da propina paga por empresários contemplados com obras que eram superfaturadas. Da limpeza por enquanto safou-se o ministro Alfredo Nascimento, mas cuja permanência à frente da pasta dos Transportes é considerada difícil. O episódio é mais um a revelar a dimensão dos desmandos que dominam certas esferas de poder, tal qual um câncer que se dissemina e tem difícil erradicação. Se quiser imprimir um novo estilo de governo, Dilma precisa buscar formas de pôr um fim às velhas práticas de saque aos cofres públicos, tão ao gosto dos maus gestores que teimam em levar vantagem em tudo.
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