O grito do povo egípcio podia ser claramente ouvido na Praça Tahrir, mas eclodiu também de outra forma: na internet. Homens e mulheres entre 20 e 30 anos que se comunicaram através de redes sociais mostraram a força desse tipo de mobilização, a ponto de o governo egípcio, ainda durante a resistência de Hosni Mubarak, tentar bloquear o acesso à rede mundial de computadores. E novamente a nova tecnologia mostrou a sua força e conseguiu formas de reagir ao bloqueio. Nesse sentido, a revolução do Egito foi mostrada por dois lados: a mobilização física, nas ruas, e a virtual. Possivelmente, dada a revolta da população que clamava por democracia, as manifestações poderiam surgir sem a internet. Mas a comunicação on-line permitiu uma amplificação. A internet teve o papel de catalisador das mobilizações, de comunicação que transformou as conversas de revolta em uma bola de neve, que foi rolando pelas ruas do Cairo, em uma pressão popular que mexeu com todo o mundo.
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