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Coluna do leitor

Doadores

Vários fatores podem influenciar negativamente as doações de órgãos: falta de esclarecimentos sobre transplantes à população, abordagens familiares mal realizadas, triagem sorológica do doador positiva para doenças infecto-contagiosas, pouca credibilidade no sistema público de saúde, etc. A Central Estadual de Transplantes não distribui órgãos não-ideais ou limítrofes, de doadores com sorologia positiva, por obedecer rigorosamente a "Lei do Sangue" (Lei 7649/88) que rege a matéria. Em consultas formais ao Conselho Regional de Medicina-PR e à Coordenação Nacional de Transplantes, ambos não recomendaram a utilização de órgãos não-ideais enquanto não se modificar a dita lei, pelas implicações ético-legais envolvidas. O Ministério da Saúde não assume a responsabilidade da autorização e erra ao transferi-la para as Centrais de Transplantes. É preciso ressaltar que as doações de órgãos sólidos dependem diretamente das Notificações de Morte Encefálica, obrigatórias por lei mas subnotificadas em todo o Brasil.

Carlos Renato D’Avila, coordenador estadual de transplantesCuritiba – PR

Largo da Ordem

A proibição da entrada de veículos no Largo da Ordem, que começou a valer desde 3/9, deveria servir de exemplo para quem ainda pensa na reabertura da Rua XV de Novembro para carros, levando em conta os mesmos fatores: segurança pública e preservação do patrimônio histórico. O curitibano não quer a volta dos carros à Rua XV, o único problema é a falta de segurança pública.

Douglas Santucci, universitárioCuritiba– PR

Síndrome

Só em dois momentos da nossa história foi apropriado dizer que "nunca na história deste país...". O primeiro deve ter sido quando Tomé de Souza entregou as chaves ao sucessor, Duarte da Costa, nosso segundo governador-geral. O segundo momento é o atual. Realmente, nunca na história deste país se viu nada igual, tão deprimente, triste e aparvalhante. Pelo "conjunto da obra", acho que ninguém jamais verá nada parecido.

Luiz Mario Lampert Marques, engenheiro eletrônicoCuritiba – PR

Kombi

No domingo, a Gazeta apresentou reportagem sobre os 50 anos de fabricação da Kombi no Brasil. Voltei no tempo porque meu pai colocava a família dentro de uma Kombi 59, verde e branca, e lá íamos conhecer a recém-inaugurada Brasília. Íamos a São Paulo pela BR-2 e depois até Minas Gerais, Espírito Santo e ao Nordeste. Aprendi, a partir de meus cinco anos, Geografia e História sempre ao lado do meu super-herói, que era o piloto da nossa Kombi. Minha mãe levava galinha e farofa e tudo era uma festa. Quando minhas irmãs iam às festas, lá iam Kombi e meu pai levando-as junto com as amigas e depois entregando todas em casa. Isto sem falar nos piqueniques. Era um mundo mais calmo, lento e seguro. A família era uma instituição importante. Minhas lembranças fazem 50 anos junto com a Kombi, automóvel sem frente, motor traseiro, mas que era a minha nave, e que me levava a muitos lugares sempre junto do meu super-herói.

Thadeu Castello Branco e SilvaCuritiba – PR

Flanelinhas

"Já presenciei algumas disputas dos "flanelões" no estacionamento "EstaR" da Praça Carlos Gomes. Mas em 29/8, foi o fim da picada: bem próximo ao módulo policial, mais ou menos na quarta vaga do lado da praça, o cidadão magro e alto, "dono do pedaço", impediu uma motorista de estacionar seu carro na vaga livre, mandando ela ir procurar espaço lá no fundo. Na seqüência, estacionou um outro motorista chamado por ele. Depois, ele voltou o rosto a um colega e deu gargalhada. Não tem lei que proíba esse tipo de coisa?"

Sérgio PedrosoCuritiba – PR

Voluntários

Tendo em vista as ações da maioria dos nossos legisladores e os gastos que temos com essa estrutura, proponho que esses cargos sejam preenchidos por voluntários. Creio que há no Brasil pessoas competentes que topariam doar tempo para ajudar a cidade, o estado e o país.

Nelson Stelmasuk, administradorCuritiba – PR

Verticalização

"A prefeitura está permitindo o adensamento da população no centro e arredores com a construção de grandes edifícios tipo quarto e sala, que representam uma grande concentração em pequena área, agravando problemas de trânsito, poluição, serviços urbanos, entre outros. A implantação de áreas verdes nos espaços destinados a empreendimentos imobiliários, a meu ver, seria uma adequada para melhorar o meio ambiente e qualidade de vida da população."

Sigrid Renaux, professoraCuritiba – PR

Apagão aéreo

É provável que milhões de brasileiras e brasileiros estejam decepcionadíssimos por terem nascido nesta "colônia internacional", considerada campeã mundial da criminalidade generalizada e da impunidade. Em 22/7, um programa noturno exibiu dois requerimentos de um empresário à Aeronáutica, solicitando autorização para construir um hotel de 12 andares a 600 metros da cabeceira da pista do Aeroporto de Congonhas. Um foi negado e outro, seis meses depois, foi sorrateiramente deferido. O prédio está pronto.

Bernardino Vasconcelos, sociólogoRio de JaneirO - RJ

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Praça Carlos Gomes, 4CEP 80010-140 – Curitiba, PR Fax (041) 3321-5472

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