O papel que Rafael Delly exerceu na vida pública do Paraná foi bem registrado pela GP na edição deste sábado, 6. Mas é obrigatório que se recorde uma das contribuições mais importantes desse autêntico apóstolo da vida pública (um paradigma de decência pessoal): no Governo do prefeito Saul Raiz, anos 70, ele concebeu e comandou o mais bem-sucedido programa de desfavelamento de que se tem notícias na história do uirbanismo brasileiro. Foi quando, sem traumas, sem lesões a direitos humanos e respaldado no apoio geral da comunidade incluindo os favelados relocou moradores de favela existente no Jardim Botânico. Ficava ali onde hoje funcionam áreas da UFPR e da Secretaria de Estado da Saúde. As famílias ganharam moradias dignas, de qualidade, no bairro do Boqueirão. Delly sempre agiu assim: o bem comum acima de qualquer interesse pessoal ou partidário. Só posso dizer, tendo tido o privilégio de desfrutar de sua amizade e de seus filhos, que ele a partir da avaliação de sua vida impecável e criativa não tem substituto. O que se vê hoje, na cidade, são, quando muito, "tocadores de obras". É o que tenho a dizer, por questão de justiça ao grande Rafa.
Aroldo Murá G. Haygert, jornalista; foi editor da série de livros "Memória da Curitiba Urbana",editados pelo IPPUC a partir de 1989 Curitiba, PR
Carta ao Governador 1
Leio com satisfação na edição de hoje (ontem) na Coluna do Leitor, sob o título Carta ao Governador, o texto assinado por Guilherme Richter Caron, a quem respeitosamente dirijo agora minhas palavras: assisti ao vivo (TV Educativa) a ofensa que o governador cometeu no dia da posse contra o seu pai. Mesmo não conhecendo pessoalmente o secretário Caron senti-me constrangido com o que via naquele momento. A cena inclusive ensejou comentários de amigos, presentes na sala em que estávamos, perdoe-me a franqueza Guilherme, mas alguém naquela hora comentou: este secretário não é homem? Aceita isso e não diz nada? Por favor não me entenda mal, não escrevo para criticar aquele que foi ofendido pelo governador, escrevo para externar a você e à sua família minha solidariedade. Cumprimento-o pelo texto corajoso (muitos se acovardam diante da força) e tenho convicção plena de que assim você responde à altura ao governador e resgata o respeito que teu pai e tua família merecem. Quem sabe a tua iniciativa em chamar a atenção pela falta de respeito que se tornou uma constante nestes casos (governo) dê início a um novo tempo, quem sabe, de mais respeito por todos nós paranaenses. Em tempo não votei neste senhor reeleito (?) com uma margem insignificante de votos.
Edson Fernando Paredes BarrosoCuritiba, PR
Carta ao Governador 2
Meu caro Guilherme Caron pai, marido e filho sua revolta, evocando a costumeira falta de ética do destinatário, deve ter atingido, com invejável pontaria, muitos outros alvos anônimos-arrogantes, sempre "donos-únicos-da-verdade" . Infelizmente formadores de opinião, são eles como foi o caso nossos "carros-chefe". E o pior, escolhidos sempre por nós mesmos. Luiz Renato Ribas SilvaEmpresário - Curitiba, PR
Carta ao Governador 3
Parabéns ao sr. Guilherme Richter Caron pela nota enviada ao exmo. sr. governador do estado do Paraná, Roberto Requião. Nosso governador necessita saber que nem todos os seus eleitores estão de acordo com seus atos truculentos. Deveria também saber que um dos princípios básicos da liderança é: "elogiar em público e chamar a atenção de forma reservada". A importância de um líder se mede pela capacidade que o mesmo tem de aglutinar as mais variadas correntes em prol de um benefício comum.
João Batista Tavares Machado Filho Aposentado Curitiba, PR
Carta ao Governador 4
Parabéns, sr. Guilherme, pela sua coragem em responder ao sr. governador. Ele teve atitude semelhante de desrespeito quando, num rompante de fúria, demitiu o Sr. Ivaldo Marchesi, na época comandante brilhante do corpo de bombeiros do Paraná. Eu continuo me perguntando: Pra que votar ?!
Gilvânia Izabel BarzottoCuritiba, PR
Eternas elites Não somente injusto como vergonhoso, em um mês um suplente que nem comparece ao Congresso receber R$ 43 mil, que na verdade não é somente isso e sim R$ 86 mil. Isso seria justo sim, se cada trabalhador brasileiro, assalariado ou não, recebesse também uma verba indenizatória de R$ 15 mil quando mandado embora de seu emprego, passagens aéreas (ida e volta), cotas de telefone e correio, e auxílio-moradia. Não estamos em um país que os direitos são iguais para todos. Infelizmente, a nossa Constituição foi feita por essa "elite" e só beneficia a ela mesma. Ah, importante ressaltar, somos um país com desenvolvimento menor que muitos outros países mais pobres, dá pra acreditar?Gilse SilvaCuritiba, PR
Tempo de viver
É difícil aceitar o ritmo em que o nosso país inicia o ano: nada funciona, as pessoas que tomam as decisões estão em lugares incertos e não sabidos, já se começa a pensar nas festas de carnaval e nada acontece. As semanas se arrastam, e depois começamos a ouvir reclamações de todos sobre a falta de planejamento e de ações. Lamentavelmente, perdemos um tempo precioso, que deveria ser investido na construção de um novo país.
Carolina de Castells Meyer Curitiba, PR Preço do álcool
É uma vergonha o preço do álcool em Curitiba! Vim de Toledo, no Oeste do estado, nesta semana e lá o litro do álcool está em R$ 1,25. Como pode custar mais aqui?! Isto é formação de cartel e assalto ao povo curitibano. O uso do álcool deveria ser incentivado e não desestimulado pelos donos de postos. O custo, com certeza, não está em R$ 1,42 o litro, estão mentindo!
Ângela PicininiCuritiba, PR
Assaltos
Vendo reportagens recentes, notei duas notícias que me chamaram a atenção: uma sobre os assaltos às residências e chácaras em São José dos Pinhais, em que assaltantes levavam tudo o que os moradores tinham em móveis e eletrodomésticos; outra com a posse de suplentes de deputados federais que ficarão no cargo por 20 dias e ganharão integralmente R$ 43.000,00 de salário, sem participar de nenhuma reunião na Câmara. Aí ficou a pergunta no ar: Qual a diferença dos assaltantes de São José dos Pinhais e os suplentes de deputados? Responderam-me rapidamente: 1.º) os suplentes são conhecidos; 2.º) não utilizam de violência para assaltar; 3.º) ganharam mais dinheiro sem fazer qualquer tipo de força ou correr risco desnecessário; 4.º) não precisam se esconder; e por último, nunca serão presos!
Ariovaldo Alves Nery Jr.Curitiba, PR
Eterno pedágio
O governo estadual tem insistido muito nas ações judiciais contra as concessionárias de rodovias. O argumento básico utilizado é o de que as tarifas de pedágio são muito elevadas e o retorno em melhorias para os usuários é pequeno, resultando numa relação custo-benefício negativa o que, em última análise, contraria o interesse público. Permito-me o raciocínio simplista de que o interesse público, visto por esse ângulo, é trafegar em rodovias com conforto e segurança sem ter de pagar por isso, pelo menos na boca do caixa. Quem roda pelas estradas federais que cortam o estado ainda não pedagiadas, mesmo após esse desastroso programa emergencial de tapa-buracos, pode afirmar que elas estão em estado deplorável e que oferecem baixas condições de conforto e segurança. Acho que não cometo nenhuma besteira ao deduzir que elas contrariam o interesse público, pelo menos daquele público que as utiliza. Não tenho conhecimento de que o governo estadual tenha impetrado ações contra o governo central exigindo manutenção e conservação dessas rodovias. Portanto, preciso que me definam com clareza o que é o decantado interesse público.
Eng. Douglas N. RothenCuritiba, PR
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