Aceitamos que a pandemia existe e que chegou ao Brasil. O governo obteve autorização para produzir o medicamento similar ao Tamiflu. Apenas uma pergunta: como uma pessoa infectada, passando muito mal pode enfrentar filas para obter medicação? Não deveria o SUS fazer um previsão e planejamento inteligentes, instalando pontos de atendimento extras para acelerar o processo? Quem consegue, vai até o hospital. Daí, segue para outro e mais outro, até morrer.
Eliana Ziolenka
Gripe A 2
Deveria ser feita uma campanha para a utilização de máscaras por toda a população. Ainda prevalece a vergonha de usar as máscaras como proteção. Entao, se todo mundo colocar, deixamos de nos sentir "diferentes".
Patrícia Diniz
Gripe A 3
Fico me perguntando até quando as aulas serão prorrogadas e como será a reposição. E os vestibulares? As datas serão mantidas? Será mesmo que a melhor coisa a fazer é parar tudo para deixar sua excelência, o vírus, dominar nossas vidas? Acho que não, que o correto seria seguir com a rotina, sempre com os cuidados de higiene que, aliás, só são lembrados e valorizados em momentos como esse. Essa procura imensa por máscaras e desinfetantes bem poderia ter salvo vítimas daquela gripezinha que não nos causa temor mas que mata centenas a cada ano. Tomara que, passada a onda de medo, as práticas higiênicas persistam, sem tanta fúria, mas com muito zelo.
Cristina Dias Fonseca, bancária
Itaipu
Em relação ao aumento do preço que o Brasil paga pela energia de Itaipu, acho um absurdo o que está acontecendo: o governo quer ajudar os nossos vizinhos, que, por sua vez, só pensam em nos prejudicar. O governo deveria atender primeiro a nós, brasileiros, que estamos sofrendo tanto com falta de empregos, de saúde, de segurança, com as estradas precárias e os abusos de impostos que não têm retorno algum. Lula esqueça os compadres latino-americanos e olhe mais para nós, brasileiros.
Luiz Cezar F. Lima
Crime ambiental
Um absurdo a Secretaria de Meio Ambiente de Curitiba não ter percebido os crimes ambientais cometidos pela empresa Piemonte. Soterrar um rio é uma coisa muito séria, podendo desdobrar-se em risco ambiental para as áreas vizinhas. Parabéns à toda equipe da Gazeta do Povo pela divulgação do caso. Talvez, com isso, os crimes ambientais não sejam apenas apurados, mas também punidos. A natureza agradece.
Gustavo José Bueno Silva
IGPM
Recebo com satisfação a notícia de que o IGPM, usado para a correção dos aluguéis, registrou deflação mais uma vez (Gazeta, 31/7). O problema é que, na prática, não vejo isse se refletir nos valores. O inquilino é o lado mais fraco da corda. Os índices, nessas horas, são ignorados por proprietários e imobiliárias. Conselho de quem foi inquilino por muitos anos: o melhor é comprar a casa própria o quanto antes. Pequena, longe do centro, não importa. Como diriam os publicitários: morar no que é seu não tem preço.
João Ernesto Guedes
Música erudita
Está faltando encarar seriamente a divulgação da música erudita. As emissoras de rádio e tevê são o instrumento mais adequado para levar cultura ao povo e não estão atuando nesse sentido. No Paraná esse problema é mais grave, pois a tevê Educativa está totalmente desvirtuada das finalidades e não se toma qualquer providência para corrigir tal situação.
Oswaldo E. Aranha, produtor musical
Lula e Sarney 1
Prevendo um iminente desgate, o presidente Lula começa a dar sinais de que irá abandonar o ainda presidente do Senado, José Sarney. Quanta mudança do dia 17 de junho, quando disse que "Sarney não pode ser tratado como uma pessoa comum", até quinta-feira, quando afirmou: "Não é um problema meu".
É assim que se comporta o presidente nessas ocasiões. Vejam os exemplos na queda de Romero Jucá em 2005, de Antônio Palocci em 2006 e na renúncia do então presidente do Senado, Renan Calheiros, em 2007. Em todas essas ocasiões, o Lula se empenhou na defesa dos aliados até onde foi possível. Quando viu que seria inútil manter a defesa, simplesmente negociou seus cargos. É o jeito Lula de governar.
José Rodrigues da Silva, professor
Lula e Sarney 2
Pobres dos brasileiros. Que podem esperar de um presidente que inicialmente defende, publicamente, um presidente do Senado mergulhado em escândalos? Ele até comparou alguns tipos de crimes, querendo dizer que "crime do colarinho-branco" não seria aplicável neste caso. Pobres dos brasileiros. Que podem esperar de um presidente que agora vem dizer que não votou no presidente do Senado, nem para senador e muito menos para presidente da mesa, não tendo culpa das falcatruas que estão acontecendo? Pobres dos brasileiros. Que podem esperar de um presidente que publicamente diz que não tem compromisso com seu juramento e com o cumprimento da Constituição? Pobres dos brasileiros que não votaram nesse presidente mas que têm o compromisso de pagar impostos para um governo omisso, que não sabe nem sequer que a Constituição deve ser aplicada a todos, indistintamente.
Eloir Pape, engenheiro agrônomo
Lula e Sarney 3
A corrupção não é privilégio do Brasil. A diferença é que por aqui nunca é problema do presidente da República. É desalentador ouvir da maior autoridade do país que o problema do Senado não é dele, porque não votou nos envolvidos. Ao longo de minha carreira profissional aprendi e cultivei a ideia de que uma equipe só funciona e dá resultados a partir do momento em que cada um dos seus membros entende que todos os problemas são de todos e cada um dá a sua contribuição para resolvê-los. Neste momento, eu poderia também dizer que o Senado não é problema meu, pois também não votei nos envolvidos em escândalos, mas como cidadão percebo que seus atos afetam a todos os brasileiros. Logo, é também problema meu e continuarei a não votar em políticos oportunistas, demagogos e enganadores.
Alcir Empinotti, contador
Memória
Filha de famílias paranaenses tradicionais, Marita França, recentemente falecida, tinha um nome que parecia o de uma princesa. Ao longo da vida, demonstrou a sensibilidade, a inteligência e o savoir faire de uma senhora da melhor estirpe. Marita França foi advogada competente, quando as mulheres ainda se restringiam a atividades de menor visibilidade. Era miúda, com aspecto frágil e traços bonitos realçados por um sorriso constante e uma fisionomia serena. Acrescentava aos conhecimentos profissionais o fato de ser musicista e poeta. Todos se encantavam com sua cordialidade e com o carinho dispensado à família e aos amigos. Um traço marcante foi o desenvolvimento de uma atividade profissional pioneira sem assumir ares de "dona do mundo": Marita não se anunciava como grande sumidade, surgia discretamente e todos percebiam seu elevado nível intelectual, seu profissionalismo e suas qualidades morais. Sua trajetória poderia ser resumida como uma vida longa, de muito trabalho, muitas alegrias e muito amor: só nos deixa boas lembranças e saudades.
Clotilde de Lourdes Branco Germiniani



