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Lojas fechadas em Curitiba.
Lojas fechadas em Curitiba.| Foto: Lineu Filho/Tribuna do Paraná

Após uma semana tensa, de expectativas sobre medidas que pudessem mitigar as perdas econômicas causadas pelas recomendações de isolamento e distanciamento sociais, o presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), Camilo Turmina, recomenda a comerciantes do Paraná que não abram as portas até que a situação se normalize no estado.

Segundo Turmina, as medidas mais recentes anunciadas pelo governo federal podem reduzir os impactos no caixa do comércio, dando uma sobrevida aos empresários de pequeno e médio portes, principalmente. “O governo demorou para tomar as decisões. O ajuste salarial permite que repensemos nosso posicionamento e, com isso, possamos destacar a saúde em primeiro lugar”, afirma.

No início da semana, a ACP indicava que boa parte dos comerciantes retomaria as atividades a partir desta segunda-feira (6) -- não há vigente no estado e na maioria dos municípios do Paraná um decreto que proíba a abertura do comércio. No entanto, após as medidas provisórias anunciadas pela União, a tendência é que a retomada só se dê após determinações do estado e das prefeituras.

Turmina afirma que as medidas resolvem outro problema do comércio: o custo operacional. É que as lojas que optaram por abrir estão tendo os gastos normais, porém com uma redução drástica de clientes “Todas as atividades estão incorrendo em superprodução. A economia não pode funcionar de forma capenga”, indica.

Outras entidades

O fechamento do comércio, porém, pode esbarrar em determinações de outras entidades. A Abrabar – que representa bares e casas noturnas, algumas das atividades mais afetadas nesta crise – emitiu ofício pedindo o retorno das atividades já na terça-feira (7). “O governo e a prefeitura [de Curitiba] não vêm publicamente falar que podemos trabalhar normalmente. É isso que eu estou cobrando: que eles façam uma campanha que podemos trabalhar”, diz Fabio Aguayo, presidente da associação.

Pelos decretos estaduais, só estão proibidos de abrir centros comerciais caso dos shopping centers. Nos decretos municipais de Curitiba, atividades como a dos bares devem obedecer restrições, mas não precisam fechar. Outras cidades paranaenses têm regras mais duras, de fechamento total de serviços não essenciais. É o caso de Maringá e Ponta Grossa.

Medidas governamentais

O que acalmou parte do empresariado foi uma reposta do poder público. Nesta semana, duas novas medidas provisórias (MP) foram editadas com regras para redução de salário, de jornada e até da suspensão de contratos formais com os trabalhadores por até 60 dias. Isso redireciona ao governo parte dos salários que forem reduzidos (até o teto do seguro-desemprego, de R$ 1.813,03).

Além disso, linhas de crédito foram criadas para empresas que se comprometerem a manter os quadros de funcionários.

Existe, ainda,  o pagamento de R$ 600 a trabalhadores informais, autônomos e sem renda fixa, durante a crise do coronavírus. O crédito extraordinário para financiar o programa é de R$ 98,2 bilhões.

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