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O governo do Paraná divulgou nesta segunda-feira (3) que Curitiba e outras sete cidades do estado tiveram o abril mais seco desde que a série histórica começou, em 1998. De acordo com levantamento do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) realizado a pedido da Agência Estadual de Notícias (AEN), em apenas um dos 13 municípios analisados (Guaratuba, no Litoral) a chuva foi superior à média para o mês. A situação liga o alerta para o agravamento da crise hídrica que vem causando problemas desde o ano passado.
Nessas 13 cidades, a precipitação somada foi de 369 milímetros, o equivalente a 25,7% da média histórica para essas localidades em abril. Em Curitiba, onde foi estabelecido rodízio no fornecimento de água desde o ano passado, foram apenas 8,8 mm, ou 10,7% do habitual durante o quarto mês do ano. Nesta segunda-feira, a média dos reservatórios do Sistema de Abastecimento Integrado de Curitiba e Região Metropolitana (Saic) está em 54,08%. No final de março, o índice chegou a atingir 60,79% depois de vários meses com números muito mais baixos.
Também tiveram o abril mais seco da série histórica Londrina (0,6 mm, 0,7% da média, o pior percentual entre as 13 cidades analisadas), Pato Branco, Maringá, Cascavel, Guarapuava, Umuarama e Campo Mourão. Ponta Grossa, Cambará e Paranavaí também apresentaram chuvas bem abaixo da média, mas não chegaram ao pior índice da série histórica. Já Foz do Iguaçu registrou 41,3% do volume aguardado para o mês (147,1 mm).
Em uma semana, a Sanepar implantou rodízio de abastecimento de água em dois municípios do Sudoeste devido à crise hídrica. Nesta terça-feira (4), Santo Antônio do Sudoeste se junta à vizinha Pranchita, onde a medida foi adotada no último dia 27. Caminhões-pipa também serão utilizados para complementar o fornecimento nas duas cidades.
