"É possível identificar que houve uma parcela de intolerância política neste crime, sim. Agora, se essa foi a motivação para o homicídio, só o inquérito policial com todas as suas provas, diligências possíveis e perícias é que vão poder dizer", disse o secretário de Segurança Pública do Paraná, Wagner Mesquita de Oliveira, em entrevista à Globonews na tarde desta segunda-feira (11). Ele se referia ao assassinato de Marcelo Aloizio de Arruda, de 50 anos, guarda municipal e tesoureiro do PT, durante sua festa de aniversário que tinha o partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como tema. Uma provocação feita por um apoiador de Bolsonaro, o agente penal Jorge Guaranho, culminou na tragédia na cidade de Foz do Iguaçu. O crime ocorreu na madrugada de domingo (10).
Questionado sobre a saúde de Guaranho, que de início teve a morte divulgada pela polícia, informação que no meio da tarde de domingo (10) foi negada pela Polícia Civil do Paraná, Mesquita informou que o assassino se encontra em estado crítico, porém estável, não correndo risco de morte neste momento. "Não tenho a informação se está consciente e apto para ser ouvido", disse ele. "Assim que puder, será colhido seu depoimento, que ajudará bastante".
De acordo com Mesquita, o inquérito tem prazo de dez dias iniciais para conclusão, com possibilidade de prorrogação a depender da entrega dos laudos periciais, a cargo da Polícia Científica. "Mas a gente espera que seja finalizado antes desse prazo", acrescentou o secretário.
Na manhã desta segunda-feira, foi decretada pela Justiça a prisão preventiva do assassino do tesoureiro do PT, em coletiva de imprensa do Ministério Público do Paraná (MPPR). Ao determinar a prisão preventiva do investigado, o Juízo afirmou que “pelo que consta dos autos o flagrado, aparentemente por motivos de cunho político, praticou atos extremos de violência contra a vítima, que sequer conhecia”.