Com os reservatórios de Curitiba e região metropolitana pela primeira vez muito perto de chegar a 60% de sua capacidade, a Companhia Paranaense de Saneamento (Sanepar) informou que as barragens têm que alcançar 80% para que seja possível haver a suspensão completa do rodízio no fornecimento de água (leia nota abaixo).
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Na manhã desta quinta-feira (4), o nível das quatro barragens alcançou 56,67%. A Sanepar suspendeu quarta-feira (3) temporariamente o rodízio até segunda-feira (8). A medida foi tomada após a publicação decreto estadual de restrições para frear o avanço da pandemia de Curitiba, já que mais pessoas estão em casa.
“Se chegarmos à marca de 60% de reservação, é o momento de reavaliar o rodízio. Qual é o número mágico? 80%. Com 80% podemos suspender totalmente o rodízio”, disse o diretor-presidente da Sanepar, Claudio Stabile, em entrevista ao jornal Bom Dia Paraná nesta quinta.
Stabile questiona a divulgação da informação de que com a marca de 60% o rodízio seria suspenso. Entretanto, a própria companhia passou esse índice em entrevistas à imprensa ao longo de todo o ano de 2020.
Com 60%, é possível apenas começar suspensão gradual do rodízio
O diretor de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Julio Gonchorosky, explica que com 60% de água armazenada nas barragens indica, na verdade, a redução gradativa do rodízio, que hoje é de 36 horas com abastecimento por 36 horas sem água. A suspensão completa seria só com 80%.
“Com 60% de capacidade é o momento de avaliar as condições, suspendendo gradativamente o rodízio. Isso porque os 60% mostram que os reservatórios estão em recuperação”, explica.
Já para a suspensão completa do rodízio a Sanepar precisa que as barragens de Curitiba e região metropolitana alcancem 80%. “Nesse caso seria o fim da crise hídrica”, enfatiza Gonchorosky.
Para adoção de rodízio mais severo que o atual a Sanepar mantém o valor limite de 25% de captação nos reservatórios. Se bater nesta marca, o rodízio passa a ser de apenas 24 horas com água por 48 horas sem fornecimento.
Nota
Após a publicação desta reportagem, a Sanepar encaminhou nota à Gazeta explicando a situação. Confira abaixo:
"Não há conflito de informações ou de comunicação na Sanepar. A empresa trabalha com o índice de 60% como um parâmetro mínimo de reservação para analisar novos modelos ou a saída do rodízio. Essa avaliação é diária e considera, além das previsões dos institutos meteorológicos, a evolução das chuvas e a confirmação de um volume de segurança nos reservatórios. O índice de 80% representa o fim da crise hídrica. Historicamente, nos períodos anteriores, quando operamos sem adotar sistemas de rodízio prolongado, a média das barragens sempre esteve acima de 80%."
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