• Carregando...
Saiba como o Paraná consegue fazer rapidamente exames de detecção do coronavírus
| Foto: Divulgação SESA

Laboratório credenciado pelo Ministério da Saúde para fazer os testes para detectar o novo coronavírus no Paraná, o Laboratório Central do Estado (Lacen) já analisou amostras de 3 mil pacientes entre o dia 12 de março e a última sexta-feira (27). Entre a chegada de uma amostra e a elaboração do laudo, os testes levam 72 horas para ficarem prontos.

Receba as notícias do Paraná no WhatsApp

Após uma triagem, em que os dados e a qualidade da amostra são analisados, inicia-se o processo laboratorial com a extração do RNA. É o processo que seleciona o material que será examinado. “A extração de RNA é separar o que precisamos de cada amostra para fazer os testes. Nós aqui temos máquinas que fazem isso com uma velocidade muito grande, mas em outros laboratórios é feito manualmente, o que resulta em muito tempo dedicado somente nessa etapa”, explica a diretora técnica do Lacen, Irina Riediger.

O Paraná é um dos seis estados do país a possuírem essa máquina. “Podemos dizer que um técnico bem treinado levaria uma hora e 15 minutos para fazer a extração de 24 amostras. Aqui no Lacen nós fazemos a extração de 96 amostras em aproximadamente 2 horas e 30 minutos” explica Irina. “Mas além da agilidade, a segurança no que se refere à quantidade necessária de material para que a amostra esteja preparada para o exame é o que mais nos importa”.

A realização efetiva do exame ocorre na terceira etapa do processo dentro do Lacen – é a leitura do genoma da célula do vírus, chamado exame PCR em tempo real.

O RNA extraído segue para outro equipamento que mistura uma quantidade muito pequena de amostra e o reagente específico para o vírus a ser testado. Na sequência, a bandeja com o preparo é colocada no equipamento que identifica, numa leitura bastante rápida, o que se apresenta naquela amostra por meio da análise pela biologia molecular, que está em líquido. A máquina, chamada termociclador, funciona com alteração de temperatura.

Todos os resultados são exibidos em um painel via sistema de informação. São gráficos com linhas em diferentes cores que indicam em quais amostras foram encontrados vírus, ou "cepas" de vírus.

Os bioquímicos então avaliam resultado por resultado e validam via sistema. Só assim os laudos são assinados eletronicamente e liberados via Sistema Gal, e a informação é consultada pela unidade que solicitou o exame.

No caso de suspeita da Covid-19, cada uma das amostras é submetida a vários testes. Até 21 de março eram feitos testes de 20 vírus. Se o resultado fosse negativo para todos, na sequência era executado o exame para o novo coronavírus. Para otimizar o processo foi decidido restringir a quantidade de vírus na pesquisa, considerando os que estão em circulação no Paraná. Por isso, desde a última quarta-feira (25), a pesquisa envolve os seis vírus que mais circulam, comparando dados e informações de anos anteriores, mais o teste para a identificação do novo coronavírus.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]