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Bancada paranaense participa de reunião no Ministério dos Transportes.
Bancada paranaense participa de reunião no Ministério dos Transportes.| Foto: Divulgação/Assessoria Tercílio Turini

Em reunião com a bancada paranaense de deputados federais e um grupo de parlamentares estaduais nessa quarta-feira (21), em Brasília (DF), o ministro dos Transportes, Renan Filho, sinalizou pela inclusão do Contorno Leste do Londrina no lote 4 do novo modelo de concessões de rodovias do Paraná. Com isso, a cidade contará com dois contornos rodoviários previstos no projeto, como obras obrigatórias de serem executadas pela empresa vencedora da concessão.

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A formatação para o edital deste trecho deve chegar para análise do Tribunal de Contas da União (TCU) no início de 2025, segundo cronograma da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Este trâmite precede marcação de leilão para as empresas e grupos privados interessados na Bolsa de Valores (B3) de São Paulo.

“O ministro assegurou mais de uma vez, na presença de todos, que a obra estará no lote 4”, afirmou o deputado estadual Tercílio Turini (PSD), que participou da agenda. O parlamentar lembrou, no entanto, que ainda não existe projeção de valores da obra nem possível impacto na tarifa do pedágio.

“Teremos dois contornos, isso representa um grande avanço para a Região Metropolitana de Londrina e todo o entorno. Nossa logística de transporte rodoviário vai melhorar bastante, reduzindo riscos às pessoas nos deslocamentos e aumentando a competitividade regional para atração de investimentos, o que representa economia mais forte, empregos e renda para as famílias”, seguiu o deputado.

No encontro, o ministro apresentou o detalhamento de obras dos lotes 3 e 6, os próximos a irem a leilão na B3. As propostas para os editais estão sob análise do TCU. Os próximos leilões paranaenses ficaram para o fim da fila das concessões projetadas pelo governo federal em 2024.

As novas concessões de rodovia no Paraná tiveram início com dois leilões, referentes aos lotes 1 e 2, realizados em 2023.

Confira estimativa de preço do pedágio para os lotes 3 e 6

No lote 3, as tarifas para veículos de passeio estão estimadas pelo Ministério dos Transportes da seguinte forma:

  • R$ 12,39 na praça de pedágio em Califórnia
  • R$ 12,99 em Sertaneja
  • R$ 14,09 em Ortigueira, Imbaú, Tibagi e Witmarsum.

Os valores não consideram o desconto da utilização de tags de cobrança nem de usuários frequentes.

No lote 6 a previsão de tarifas antes do leilão é a seguinte:

  • R$ 14,53 em Prudentópolis
  • R$ 13,03 em Candói
  • R$ 12,96 em Laranjeiras do Sul
  • R$ 12,88 em Cascavel
  • R$ 9,38 em Pato Branco
  • R$ 11,43 em Ampere
  • R$ 16,13 em Lindoeste
  • R$ 12,93 em Céu Azul
  • R$ 14,85 em São Miguel do Iguaçu.

Todos os valores iniciais podem ser reduzidos, a depender da proposta de desconto a ser apresentada durante o leilão pelas empresas interessadas.

O deputado estadual Fabio Oliveira (Podemos), coordenador da Frente de Engenharias, Agronomia, Geociências e Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), que integrou a comitiva paranaense que se reuniu com o ministro, disse que foi apresentado um panorama geral dos investimentos previstos.

“Nenhuma obra foi retirada [dos lotes 3 e 6]. Em relação à PR-280 [cujo trecho havia boatos sobre retirada da duplicação], ocorrerá duplicação de 30 quilômetros e as vias marginais terão uma extensão de 10,4 quilômetros”, afirmou Oliveira.

O parlamentar evidencia a relevância de a Assembleia Legislativa acompanhar a evolução do trâmite sobre o pedágio, para que erros do passado não se repitam. “Uma das minhas prioridades é trabalhar pela fiscalização do cronograma e a qualidade das obras e pela transparência”, reforçou.

O novo modelo de concessão no Paraná terá 6 lotes, dois licitados em 2023 e com contratos assinados (lotes 1 e 2) no início deste ano. Nesses trechos, as concessionárias desenvolvem os trabalhos preparatórios e a cobrança do pedágio deve retornar nas próximas semanas. O Paraná está sem pedágio desde novembro de 2021, quando os polêmicos contratos do Anel de Integração chegaram ao fim.

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