A crise financeira enfrentada pelos hospitais privados (filantrópicos ou não) do Paraná, por causa da redução da ocupação e do cancelamento de procedimentos eletivos durante a pandemia de Covid-19, está sendo amenizada pelas ações do Estado durante a crise provocada pelo coronavírus. Se, o faturamento com atendimentos particulares e de convênio caiu até 60% nos hospitais, os pagamentos feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) foram mantidos e, até incrementados.
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Além da lei federal que garantiu a manutenção dos repasses iguais aos meses anteriores à pandemia, os hospitais privados que atendem ao SUS ainda foram beneficiados por um repasse emergencial do Ministério da Saúde. Foi liberado um socorro de R$ 2 bilhões para hospitais filantrópicos, sendo R$ 150 milhões para as instituições paranaenses. A Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) manteve, também, a integralidade de todos os incentivos do estado em programas como o Programa de Apoio e Qualificação de Hospitais Públicos e Filantrópicos do SUS Paraná (Hospsus), dispensando que, neste período, os hospitais atinjam os critérios quantitativos determinados nos programas. Mas foi a contratualização de novos leitos, reservados para pacientes com Covid-19, o principal incremento de receita aos hospitais.
A Sesa está pagando R$ 800 por diária de leito de UTI e R$ 300 para leitos de enfermaria que os hospitais deixarem reservados para pacientes do SUS com Covid-19. Caso o leito venha a ser ocupado, o valor da diária dobra, para garantir a assistência ao paciente. Com a demanda por atendimentos privados reduzida drasticamente, os hospitais estão recebendo por leitos que tenderiam a ficar ociosos. Hoje o Paraná tem 564 leitos de UTI e 1.080 leitos de enfermaria reservados para a pandemia, com taxa de ocupação de 40%.
"Temos viabilizado condições de funcionamento de hospitais, sejam eles públicos, privados ou filantrópicos, em razão de uma estratégia bem planejada do enfrentamento à Covid. A Sesa, por orientação do governador Ratinho Júnior, vem reafirmando a força do sistema único. E temos, desta forma, assegurado o atendimento e a contratação de leitos neste momento de dificuldade, em diversas regiões do Paraná", comenta o secretário de Saúde, Beto Preto.
Segundo a Sesa, a demanda por atendimentos do SUS caiu 35% nos hospitais do estado. Por cirurgias eletivas, a queda foi de 90%. “Mesmo assim, os hospitais estão recebendo o contrato integral e ainda tendo esse incremento. É o que mantém os hospitais em condições de operar”, diz a Sesa.
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