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Privatização da Copel deve ter passo final nas próximas semanas
Corporação vai permitir sociedade com capital disperso e sem acionista controlador, mas governo tem decisão estratégica| Foto: Daniel Cavalheiro/Copel

A Companhia Paranaense de Energia (Copel) confirmou, na manhã desta quarta-feira (26), a oferta pública de 549.171.000 de ações ordinárias na Bolsa de Valores, no processo de privatização da empresa que, após o leilão das ações, será transformada em corporation, conforme a mudança do estatuto aprovado em assembleia no início deste mês.

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O comunicado do “fato relevante” era aguardado desde a terça-feira (25), quando a empresa havia informado os acionistas e o mercado em geral sobre a oferta pública das ações com valores contados entre R$ 4,3 a R$ 5 bilhões, de acordo com o fechamento do mercado na última segunda-feira (24).

As ações são distribuídas entre primárias, sendo inicialmente, 229.886.000 a serem emitidas pela Copel e as secundárias que somam 319.285.000 ações detidas e a serem alienadas pelo Estado do Paraná, o "Acionista Vendedor", de acordo com o comunicado, que ainda ressalta que em ambos os casos, as operações serão realizadas no Brasil.

Ainda segundo o documento, a quantidade ofertada poderá ter acréscimo de um lote suplementar de até 15% do total das ações iniciais, ou seja, até 82.375.650 ações, "nas mesmas condições e pelo mesmo preço" divulgados inicialmente.

"A Companhia, seus administradores e o Acionista Vendedor assumiram o compromisso de não vender ações de emissão da Companhia pelo período de 180 dias contados da data de divulgação do anúncio de início da Oferta", informa a Copel.

O “fato relevante” divulgado, nesta quarta-feira, faz a ressalva de que o leilão das ações na B3, em São Paulo, ainda depende da aprovação do Tribunal de Contas da União (TCU), que analisa o bônus de outorga para renovação dos serviços em três usinas hidrelétricas em um valor de 3,7 bilhões. O montante deve ser coberto com recursos do leilão da Copel (R$ 2 bilhões) e o restante proveniente de alavancagem do mercado. Após o pedido de vista do ministro Vital do Rêgo, o assunto volta à pauta do TCU no começo de agosto, quando vence o prazo de 30 dias.

“Importante ressaltar que, conforme previsto na documentação da Oferta, o Procedimento de Bookbuilding não será concluído sem que haja a manifestação do Tribunal de Contas da União acerca do bônus de outorga a ser pago para renovação de determinadas concessões da Companhia definido em portaria conjunta dos Ministérios da Fazenda e de Minas e Energia”, informou o documento assinado pelo diretor de Finanças e de Relações com Investidores da Copel, Adriano Rudek de Moura.

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) também acompanha o processo de privatização da companhia de energia elétrica.

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