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Tucano deve manter a pré-candidatura à prefeitura de Curitiba após troca de partido frustrada
Tucano deve manter a pré-candidatura à prefeitura de Curitiba após troca de partido frustrada| Foto: Aniele Nascimento/Arquivo Gazeta do Povo

Após pressão da militância em Curitiba e críticas de lideranças partidárias no Paraná, o PL recuou da proposta para filiação de Beto Richa (PSDB-PR) para concorrer à prefeitura da capital do estado. O partido agora trabalha com o nome de Paulo Martins (PL-PR) como pré-candidato. O anúncio foi feito pelo deputado federal Filipe Barros (PL-PR), responsável pela articulação política de Jair Bolsonaro no estado, em vídeo divulgado nas redes sociais na tarde desta quinta-feira (14).

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Também nesta tarde o PSDB divulgou uma nota para informar que Richa não foi liberado pelo partido e permanece como deputado federal tucano no Congresso. “Com isso, para não correr o risco de perder o mandato, ele decidiu ficar no partido. Mas mantém a pré-candidatura a prefeito de Curitiba”, anuncia o PSDB.

A reunião entre Richa e o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, para filiação do ex-governador do Paraná e ex-prefeito da capital paranaense foi intermediada por Barros com aval de Bolsonaro. O encontro ocorreu em Brasília na quarta-feira (13), mas a repercussão negativa no diretório municipal da sigla pressionou o PL a recuar na filiação e indicação de Richa como pré-candidato em Curitiba.

“Eu recebi uma missão do presidente Bolsonaro, eu sou soldado do presidente Bolsonaro. A missão era trazer até ele para que pudesse conversar com todos os pré-candidatos a prefeito de Curitiba que cumprissem dois requisitos: antipetistas e que estivessem à disposição de caminhar com Bolsonaro, pensando em 2026. E foi isso que eu fiz”, justificou Filipe Barros.

Após a reunião do PL com Beto Richa, o ex-deputado federal Paulo Martins anunciou que deixaria o cargo de presidente municipal do partido. Nesta quinta-feira, ele colocou o nome à disposição do PL como pré-candidato à prefeitura de Curitiba, em declaração pela rede social X (antigo Twitter) e recebeu o apoio de Barros, o que pode pacificar a crise aberta no PL paranaense após a tentativa de filiação de Beto Richa.

"Quem acompanha o meu trabalho sabe que defendo os valores conservadores desde quando fazer isso não dava votos e nem likes. Continuo convicto do que faço. Por isso, me coloco à disposição do PL para disputar a eleição para a prefeitura de Curitiba. O partido que faça sua escolha”, publicou Martins, que foi candidato ao Senado pelo PL em 2022 e era cotado como pré-candidato na eleição suplementar, que pode acontecer no estado, caso o senador Sergio Moro (União-PR) seja cassado por abuso de poder econômico.

Militância do PL protesta contra Richa e lembra de prisão na Lava Jato

Militantes do PL e apoiadores do ex-presidente Bolsonaro participaram na manhã desta quinta-feira de um protesto na sede do PL em Curitiba, onde se manifestaram contra a filiação do ex-governador Beto Richa. O principal motivo é a prisão do tucano, em 2018, durante a operação Integração, que investigou desvios e pagamentos de propinas na antiga concessão do pedágio no Paraná, apurada em um dos desdobramentos da operação Lava Jato. Ele ainda foi acusado por suspeita de corrupção nas operações Quadro Negro, Piloto e Rádio Patrulha.

Segundo o integrante do PL Jovem Paulo Melo, cerca de 50 filiados compareceram ao local de maneira espontânea para realização do protesto com faixas de cobrança para que o ex-presidente Bolsonaro vetasse a filiação e pré-candidatura de Richa. No final do ano passado, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF ) Dias Toffoli declarou a nulidade dos processos contra Richa, que teria sido vítima de “conluio processual”.

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