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Evento on-line foi realizado na noite desta quinta-feira (6).
Evento on-line foi realizado na noite desta quinta-feira (6).| Foto: Reprodução

Em live realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) na noite desta quinta-feira (6), o biólogo e pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) Lucas Ferrante alegou que o retorno das aulas presenciais na rede estadual de ensino pode gerar aumento dos números de casos e mortes por Covid-19 no estado. Ele defendeu que a volta, incluindo escolas particulares, só aconteça com ao menos 70% da população vacinada.

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O governo do Paraná anunciou nesta semana o retorno gradativo, em formato híbrido (com os alunos alternando períodos na escola e no ensino remoto), a partir da próxima segunda-feira (10), paralelamente à vacinação dos educadores.

Ferrante apresentou na live um estudo feito com outros pesquisadores, do Inpa e das universidades federais de Minas Gerais (UFMG), do Amazonas (Ufam) e de São João del-Rei (UFSJ), que mostrou que a segunda onda da Covid-19 e a detecção da variante P1 em Manaus, no início de 2021, teriam sido desencadeadas a partir do retorno das aulas presenciais no ensino fundamental na rede estadual na capital amazonense, em setembro.

No estudo, os pesquisadores projetaram que em Cascavel, Francisco Beltrão, Maringá, Paranavaí, Ponta Grossa, Toledo, Foz do Iguaçu e União da Vitória a curva de casos e mortes deve manter tendência de queda nos próximos meses caso as medidas restritivas atuais sejam mantidas. Para Curitiba e Londrina, seriam necessárias medidas ainda mais rígidas para evitar subida da curva.

“Qualquer relaxamento nesse momento tende a aumentar internações e óbitos”, afirmou Ferrante. “Um estudo feito em 41 países e publicado na [revista científica] Science mostrou que a abertura de escolas e universidades é a maior fonte de disseminação do novo coronavírus.”

A Secretaria de Estado da Educação (Seed) não quis comentar a live especificamente, mas informou, em nota, que “levou em conta estudo realizado em 21 países apontando que o retorno às aulas presenciais não impactou a tendência das curvas de contágio” para decidir pela volta.

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