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Pesquisa da Pfizer vai acompanhar 1,5 mil pacientes da Covid em cidade paranaense
| Foto: AEN

Foram apresentados, na manhã desta quarta-feira (6), os detalhes iniciais da pesquisa conduzida pela Pfizer, em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), sobre a efetividade das vacinas contra a Covid-19 na população acima de 12 anos em Toledo. O estudo vai analisar os impactos da imunização na prevenção de casos sintomáticos, reinfecção, internações, mortes, efeitos adversos, além das consequências em longo prazo atribuídas ao coronavírus.

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O pesquisador e médico intensivista do hospital gaúcho Moinhos de Vento, Regis Goulart Rosa, coordena o estudo. Segundo ele, dentro de um prazo de até quatro semanas deve ter início o cadastro dos voluntários da pesquisa, que será totalmente concluída em até 18 meses. Poderão participar todos que procurarem o serviço público de Saúde de Toledo com sintomas de síndrome respiratória, qualquer que seja.

“A partir do momento em que esses pacientes procurarem as unidades de saúde de Toledo com sintomas respiratórios”, explicou o médico, “eles serão convidados a participar do estudo”. O objetivo é identificar quantas dessas pessoas têm Covid-19 e quantas têm outras doenças, como gripe ou resfriado. As primeiras serão separadas em um grupo de cerca de 1.500 pessoas. As outras completarão o grupo de controle, em cerca de 3 mil pessoas.

“A primeira análise vai ocorrer assim que conseguirmos completar o grupo de estudo. É um estudo que não avalia a partir do momento da vacinação, mas sim a partir do resultado, do desfecho. Quando esse paciente der entrada no serviço de saúde, vamos analisar o seu histórico vacinal. É um ponto de vista analítico retrospectivo, que vai nos ajudar a responder à primeira pergunta: qual é a efetividade da vacina da Pfizer em reduzir casos sintomáticos da Covid-19 na cidade de Toledo”, detalhou o pesquisador.

A expectativa de Regis é que esta primeira etapa seja cumprida dentro de um prazo estimado entre 6 e 9 meses. Selecionados os 1,5 mil pacientes confirmados de Covid-19, estes serão então acompanhados por um período de 12 meses para que a segunda etapa da pesquisa seja concluída. Este acompanhamento será feito à distância, por meio de telefonemas feitos aos pacientes por pesquisadores habilitados.

“Um dos nossos objetivos finais é avaliar o impacto total da vacinação em massa para Covid-19 com a Comirnaty em desfechos relevantes, como hospitalização, uso de ventilação mecânica e óbito, e em um contexto de alta prevalência de variantes preocupantes de Sars-CoV-2, como é o caso das variantes Gamma (P.1) e Delta. Isso é algo que só é possível num cenário de vida real, com todas as adversidades, num grupo heterogêneo de pessoas, com as mais diversas condições de saúde”, comentou.

Bons resultados

Ainda em agosto, o Ministério da Saúde autorizou o município a imunizar a população a partir de 12 anos com a vacina Comirnaty, da Pfizer. Desde então, cerca de 11,4 mil adolescentes entre 12 e 17 anos já receberam a primeira dose da vacina – o que representa 91,7% desta faixa etária em Toledo.

Os resultados iniciais são animadores, segundo a secretária municipal de Saúde de Toledo, Gabriela Kucharski. “Tivemos uma redução significativa no número de novos casos de Covid dentro desta faixa etária. Na primeira semana de setembro, esse índice foi de 49 novos casos por dia, em média. Na terceira semana, caiu para 7 essa média de novos casos”, explicou, na entrevista coletiva.

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