MPT diz que vai “apurar responsabilidades” por explosões em armazém da C.Vale

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O Ministério Público do Trabalho (MPT) do Paraná divulgou, na sexta-feira (28), uma nota em que afirma que irá "apurar responsabilidades" no caso das explosões em um armazém da cooperativa C.Vale em Palotina, na região Oeste do Paraná. Oito trabalhadores morreram e onze ficaram feridos no acidente, que ocorreu na quarta-feira (26). Ainda há um desaparecido.

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A nota do MPT afirma que a instituição "está atuando firmemente para esclarecer as circunstâncias e razões do acidente". O texto diz, ainda, que correções no processo de trabalho, para evitar futuros acidentes, serão determinadas após a conclusão de laudos e relatórios técnicos.

Além de investigar o caso da C.Vale, o MPT também fará um "esforço concentrado" para verificar a situação de silos da cooperativa e de outras empresas localizadas no Paraná.

Crea-PR e Polícia Civil também investigam

Na quinta-feira (27), o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR) informou que irá fiscalizar a estrutura de quatro armazéns de estocagem da C.Vale. O Conselho afirma que fará um relatório técnico averiguando a "conduta dos profissionais envolvidos". A Polícia Civil também abriu um inquérito para apurar as causas do acidente.

Ainda na quinta-feira (27), o diretor-presidente da C.Vale, Alfredo Lang, divulgou um vídeo em que afirma estar "consternado" pela tragédia. Lang disse que a cooperativa está dando apoio às vítimas e a seus familiares, e que há uma equipe técnica trabalhando para apurar as causas das explosões. A cooperativa também divulgou uma nota dizendo estar prestando "apoio integral às famílias das vítimas" (leia a íntegra abaixo).

Na sexta-feira (28), a Justiça do Trabalho determinou que funcionários da C.Vale fossem liberados do expediente para comparecer ao velório dos colegas de trabalho. Dos oitos mortos, sete eram trabalhadores haitianos.

Nota da C.Vale

A C.Vale informa que está prestando apoio integral às famílias das vítimas da explosão dos silos ocorrida em 26 de julho. As ações incluem o acompanhamento hospitalar, apoio aos familiares, disponibilidade de transporte aos parentes de vítimas que se encontram internadas em hospitais de outros municípios, apoio e contato com serviço público de assistência social e disponibilização de médicos e enfermeiros.

A cooperativa também liberou do trabalho os colaboradores que quiserem participar dos velórios, questão que está sendo acompanhada pelo Ministério Público do Trabalho e pelo Poder Judiciário. Mais de 200 profissionais coordenados por um Comitê de Gerenciamento de Crise estão envolvidos nas operações de resgate e apoio aos familiares e vítimas da explosão.

Por fim, a C.Vale informa que tem diversas unidades espalhadas por todo Brasil, sendo que as atividades continuam funcionando normalmente, com exceção da unidade atingida.