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Fala Curitiba

Curitibanos votam até dia 22 nas obras e serviços que querem ver executados pela prefeitura

Com 448 demandas da população concluídas, Fala Curitiba faz reuniões presenciais em todas as regionais
Com 448 demandas da população concluídas desde 2017, Fala Curitiba faz reuniões presenciais em todas as regionais da cidade. (Foto: Daniel Castellano/Prefeitura de Curitiba)

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Com mais de 50 mil sugestões recebidas ao longo de cinco meses, o programa Fala Curitiba, principal canal de consulta pública da prefeitura da capital paranaense, entra em sua etapa decisiva neste mês de agosto. A votação final vai até o dia 22, com opções de participação pela internet, nas unidades móveis do Fala Curitiba e em encontros presenciais que ocorrerão nas 10 regionais da cidade.

Nesta fase, os curitibanos irão escolher as 100 prioridades — entre obras e serviços — que farão parte do Orçamento municipal de 2026. Ao todo, são 281 propostas elegíveis, distribuídas de forma proporcional por regional. Cada cidadão pode votar em até cinco demandas por região, independentemente do canal utilizado. A expectativa da prefeitura é repetir ou superar o índice de participação dos anos anteriores.

“O Fala Curitiba é o espaço para o morador dizer como ele quer que o recurso público seja utilizado. Sabemos que atender as solicitações de serviços do dia a dia também faz parte da obrigação da prefeitura, mas ajudar a planejar é muito mais do que solicitar – é o espaço para entender como a prefeitura pode e deve investir o que é arrecadado”, afirma Beatriz Battistella, presidente do Instituto Municipal de Administração Pública (Imap), responsável pelo programa.

Reconhecido pela ONU como referência em governança local, o Fala Curitiba tem se consolidado como ferramenta efetiva de escuta e planejamento urbano. Todas as propostas escolhidas pelos moradores são incorporadas à Lei Orçamentária Anual (LOA), com execução prevista no ano seguinte. O programa também impacta no Plano Plurianual (PPA) e na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), instrumentos que orientam os investimentos da cidade no médio e longo prazo.

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Participação popular do Fala Curitiba abrange desde serviços básicos até grandes obras

Desde 2017, quando foi criado, o Fala Curitiba possibilitou a inclusão de demandas populares no Orçamento municipal, equilibrando os pedidos do cotidiano com obras de maior impacto. Muitas vezes, as escolhas recaem sobre serviços básicos e estruturais, como pavimentação de ruas, reformas de escolas e construção de unidades de saúde. Em outros casos, a população opta por equipamentos de lazer, segurança viária ou intervenções pontuais em espaços públicos.

“Há um amadurecimento na forma como a população participa. A gente percebe que as pessoas já entendem que o Orçamento tem limites, e passam a priorizar demandas que fazem sentido para a coletividade”, analisa Adriane Santos, diretora de Planejamento, Pesquisa e Inovação do Imap. Segundo ela, a prefeitura também tem aprimorado a devolutiva: além de efetivar a execução das obras escolhidas, tem prestado contas sobre o desenvolvimento e o motivo de determinado assunto não ter tido seguimento.

O Imap aponta um avanço a cada edição do Fala Curitiba, no engajamento de lideranças comunitárias, escolas, conselhos locais e grupos organizados da sociedade civil, que mobilizam moradores a participar da votação.

Entre março e junho deste ano, o Fala Curitiba recebeu mais de 50 mil sugestões, com a participação de 18,7 mil pessoas. Os dados foram coletados em diferentes canais: internet, Fala Móvel e encontros presenciais realizados em todos os bairros. Agora, a votação final fecha o ciclo anual, definindo o que será incluído no Orçamento do ano seguinte.

Unidades móveis do Fala Curitiba atendem a população nos bairrosUnidades móveis do Fala Curitiba atendem a população nos bairros (Foto: Valquir Aureliano/Prefeitura de Curitiba)

Fala Curitiba traz presença nos bairros e voto acessível

Uma das principais estratégias do programa é facilitar o acesso à votação. Para isso, a prefeitura mantém as chamadas unidades Fala Móvel — veículos identificados que percorrem os bairros durante o período de votação, levando formulários impressos e suporte técnico da equipe do Imap. Essa medida busca alcançar principalmente os moradores que não têm familiaridade com a internet ou enfrentam dificuldades de deslocamento.

Além disso, haverá reuniões presenciais entre os dias 18 e 22 de agosto, às 19h, nas Ruas da Cidadania ou outros espaços públicos indicados pelas administrações regionais. Cada morador pode votar uma vez por regional, em até cinco prioridades. Os resultados serão consolidados após o encerramento dos encontros presenciais.

As sugestões são organizadas e validadas tecnicamente pelas secretarias responsáveis. As obras e serviços que agora estão em votação atendem a critérios como:

  • viabilidade orçamentária
  • impacto coletivo
  • aderência às diretrizes do plano diretor
  • equilíbrio entre regiões.

O Fala Curitiba também aprimorou mecanismos de transparência. O site do programa exibe, de forma acessível, a lista de todas as sugestões já executadas, as que estão em andamento e aquelas que foram inviabilizadas por questões técnicas ou legais. Desde 2017, o programa atendeu 561 demandas da população, das quais 448 foram concluídas e 113 estão em andamento.

Entre os pedidos atendidos, estão obras como o Terminal do Tatuquara, a Unidade de Saúde Umbará II, o binário do Boqueirão, intervenções de drenagem no Rio Juvevê, reforma de praças e novos Armazéns da Família.

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