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Vacinação no Paraná

Preocupados com 2ª dose, deputados cobram cronograma de entregas de vacinas

Reunião da Frente Parlamentar do Coronavírus decide cobrar cronograma do Ministério da Saúde. (Foto: Reprodução/Alep)

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Deputados do Paraná que fazem parte da Frente Parlamentar do Coronavírus decidiram cobrar do Ministério da Saúde um cronograma de entregas de vacinas contra a Covid-19 para os próximos 60 dias. A decisão foi tomada durante a reunião do grupo nesta terça-feira (23). A medida tem por objetivo garantir a aplicação da segunda dose do imunizante nos paranaenses.

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Na última segunda-feira (22), o secretário estadual da saúde, Beto Preto, anunciou que os municípios devem acelerar a vacinação e aplicar todas as doses disponíveis, sem reservar a segunda dose. “Estamos sob orientação direta do Ministério da Saúde fazendo com que todas essas doses cheguem aos paranaenses e fiquem imediatamente à disposição dos municípios. Faço um apelo para que os municípios gastem todas essas vacinas; é fundamental que elas sejam utilizadas o mais rápido possível”, afirmou Beto Preto, que apesar da orientação admitiu preocupação com a dose de reforço da vacina. O Paraná já recebeu uma remessa de mais de 1 milhão de doses e, segundo o Ministério da Saúde, terá à disposição mais 1,9 milhão ainda em março.

A vice-presidente regional da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM), Heloísa Giamberardino, também participou do encontro da Frente Parlamentar e comentou o ritmo e os impactos da campanha de vacinação no estado. De acordo com ela, “o problema é que, nesse ritmo, terminaríamos esse grupo apenas em janeiro de 2022. Por isso, ainda não tivemos impacto dessa vacinação. Até porque, dia 26 de fevereiro coincidiu com a entrada das variantes do vírus no Paraná e nossa situação se agravou”.

A Secretaria Estadual de Saúde divulgou no boletim epidemiológico da Covid-19 desta terça-feira (23) que 610.215 mil paranaenses já haviam sido vacinados com a primeira dose e 197.665 pessoas já tinham recebido a segunda dose do imunizante. Os dados são até meio-dia desta terça.

A reunião remota contou ainda com a participação de Mariângela Batista Galvão Simão, médica sanitarista curitibana e diretora-assistente da área de medicamentos e produtos de saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS). Mariângela, que participou da reunião de Genebra, na Suíça, é considerada atualmente a médica brasileira mais experiente que atua internacionalmente no combate ao coronavírus.

Durante a videoconferência foram discutidos assuntos relacionados a vacinação. O Brasil está entre os 150 países que integram o consórcio Covax Facility, iniciativa da OMS em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU) para aquisição e desenvolvimento de vacinas contra a Covid-19. “A gente tem quase 400 milhões de vacinas que já foram aplicadas no mundo todo. Na data de hoje, 392 milhões de vacinas. E, por meio do Covax, o mecanismo global de vacinas, ainda estamos com 32 milhões de vacinas para 57 países, inclusive o Brasil. Ano passado a gente ainda não sabia quais vacinas seriam eficazes e seguras. Hoje dos mais de 200 estudos de vacinas, 82 estão em fase três, a fase clínica. Então é uma quantidade bem grande em fase final de desenvolvimento”, explicou Mariângela.

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