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Proposta do governador Ratinho Junior é passar dos pouco mais de 200 colégios cívico-militares para 400 unidades em todo o estado do PR.
Proposta do governador Ratinho Junior é passar dos pouco mais de 200 colégios cívico-militares para 400 unidades em todo o estado do PR.| Foto: Silvio Turra/Seed-PR

O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), anunciou, nesta quinta-feira (13), uma série de medidas para prevenir casos de violências nas escolas do Estado. Além de um aumento na presença de agentes de segurança pública no entorno das unidades e reforço no atendimento psicológico a estudantes e professores, Ratinho Junior confirmou que deve dobrar o número de escolas cívico-militares no Paraná.

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Em entrevista coletiva, o governador explicou que esta é uma “grande demanda de boa parte da sociedade”. O objetivo do Governo do Estado, explicou, é passar das atuais 204 escolas no modelo cívico-militar para 400 unidades no total. Esta ampliação, disse Ratinho Junior, será feita onde houver demanda e pedidos de pais e professores, a um custo total de mais de R$ 30 milhões anuais. “É uma reivindicação crescente devido ao bom desempenho das escolas cívico-militares que nós estamos tendo aqui no Paraná”, confirmou.

Tal medida, porém, não deve ser tomada a curto prazo. Procurada pela reportagem, a Secretaria Estadual de Educação confirmou que as escolas cívico-militares, além de seguirem a Base Nacional Comum Curricular, contam com uma matriz disciplinar própria. Desta forma, a inclusão de novas unidades da rede pública estadual de Educação no modelo cívico-militar, caso aprovada após consulta pública, só deve ocorrer a partir do ano letivo de 2024.

Repasse direto de verbas e ampliação do Escola Segura

Além do aumento das escolas cívico-militares, o governador também anunciou a ampliação do Programa Escola Segura, iniciado no Estado em 2019. A parceria com a Polícia Militar do estado será estendida das atuais 112 escolas para um total de 300 unidades, selecionadas segundo critérios que levam em conta um histórico de episódios de violência. A medida deve colocar cerca de 5,6 mil policiais militares para atuar nos colégios paranaenses, dos quais em torno de 2 mil são policiais recém-contratados.

Houve também o anúncio da liberação de R$ 20 milhões, que serão repassados diretamente às escolas para que possam ser feitos investimentos pontuais na compra de equipamentos como câmeras e sistemas de monitoramento ou em melhorias na estrutura física das escolas.

Reforço no apoio psicológico

Outra frente de atuação confirmada pelo governador Ratinho Junior é a contratação de novos profissionais e bolsistas da área de psicologia para atuarem no suporte a professores e estudantes. A princípio, detalhou o governador, 40 psicólogos serão contratados e alocados nos Núcleos Regionais de Educação. Outros 200 universitários da área, que estejam nos últimos anos de seus cursos, farão visitas regulares e periódicas às escolas.

“Queremos levar uma mensagem de tranquilidade aos pais neste momento, para que saibam que a escola é o ambiente mais seguro para os seus filhos. Este é um esforço que o Estado está fazendo para garantir a segurança em todo o ambiente escolar, mas nós pedimos também a colaboração dos pais, para que atuem acompanhando de perto o que seus filhos veem na internet, o que estão levando para as escolas e que também imponham limites a eles”, acrescentou Ratinho Junior.

Botão de Pânico integrado ao sistema escolar

O programa de Registro de Classe Online (RCO), que já é utilizado pelos professores para controle de notas e frequência, vai ganhar uma nova funcionalidade. Pelo sistema, os professores poderão acionar o Botão de Pânico, que vai permitir uma comunicação imediata com o sistema de atendimento a emergências da Polícia Militar.

De acordo com o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda, trata-se de um trabalho preventivo, em que os profissionais serão capacitados para evitar que situações mais graves ocorram. “Um representante de cada escola vai receber o treinamento da Patrulha Escolar e do BOPE, que serão feitos duas vezes ao ano, para atuar na identificação e prevenção de riscos. Ao mostrar o que o Estado está fazendo queremos garantir a normalidade nas escolas o mais rápido possível. É um trabalho pedagógico gradativo para que possamos começar a ganhar essa consciência e confiança junto aos alunos e pais”, explicou o secretário.

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