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A Companhia de Cimento Itambé inaugurou um novo forno de clínquer em sua unidade de Balsa Nova, cidade localizada na Região Metropolitana de Curitiba (PR). O investimento de R$ 500 milhões aumenta em 600 mil toneladas a capacidade anual de produção de cimento, que agora chega a 3 milhões de toneladas. A ampliação ocorre em um momento estratégico: o Paraná vive um ciclo de grandes obras públicas e privadas que promete elevar a demanda por insumos da construção civil nos próximos anos.
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O governador paranaense, Ratinho Junior (PSD), destacou que a expansão da empresa reflete a confiança do setor privado no ambiente de negócios do estado. “A Itambé é uma empresa paranaense, que vem investindo muito forte nos últimos anos para ter uma produção maior e mais tecnológica. Como resultado, temos maior geração de empregos, maior renda e mais desenvolvimento para a região”, elencou ele, na cerimônia de inauguração.
Segundo o diretor-superintendente da Itambé, Alexander Andras, a aposta é acompanhar o crescimento do mercado regional, puxado por projetos de infraestrutura, habitação popular e expansão imobiliária. “Estamos aumentando nossa capacidade porque queremos estar preparados para atender a demanda crescente de cimento na Região Sul, com produtos de alta qualidade e desempenho”, disse.
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Setores que puxam a demanda
No Paraná e em Santa Catarina, a demanda por cimento vem crescendo acima da média nacional, conforme informação da Itambé. De acordo com Andras, cerca de 40% do consumo é destinado ao varejo, em pequenas obras e autoconstrução; outros 40% são absorvidos pelo setor imobiliário e comercial privado; e 20% pelo poder público, em projetos de rodovias e pavimentação.
O pavimento rígido de concreto, por exemplo, tem ganhado espaço em licitações, pela durabilidade e menor custo de manutenção em relação ao asfalto. A empresa aposta no bom desempenho no Produto Interno Bruto (PIB) dos estados para os negócios: o PIB da Região Sul cresceu 5,2% no primeiro semestre de 2025 em comparação ao ano passado, contra 3,7% do Brasil.
“Estimamos que Paraná e Santa Catarina devem seguir puxando a demanda neste segundo semestre”, reforçou Andras. Além do impacto econômico, a nova linha da Itambé incorpora soluções de eficiência energética e ambientais.
O forno foi projetado para operar com até 50% de substituição de combustíveis fósseis por biomassa e resíduos industriais, reduzindo as emissões de CO₂. Durante os dois anos de construção, o projeto gerou cerca de 5 mil empregos diretos e indiretos.
A companhia também tem parceria com a Rio Bonito Soluções Ambientais, responsável pelo coprocessamento de 168 mil toneladas de resíduos por ano. A meta é reduzir o volume destinado a aterros e ampliar a utilização de fontes renováveis de energia.
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Paraná é polo nacional na produção de cimento
Fundada em 1968, a Itambé iniciou a produção em 1976 com capacidade de 350 mil toneladas anuais. Hoje, alcança 3 milhões de toneladas e concentra atuação no mercado da Região Sul, onde abastece cerca de 25% da demanda. Além do cimento, o grupo mantém empresas nas áreas de concreto, gestão ambiental, energia e insumos agrícolas.
Para o governo estadual, a presença da Itambé reforça a vocação do Paraná como polo produtor de cimento em um mercado nacional dominado por multinacionais. Desde 2019, mais de R$ 330 bilhões foram aplicados por empresas privadas em novos projetos no estado, diz a atual gestão.
“Quanto mais o Paraná consegue simplificar a vida do empresário, mais investimentos chegam, gerando empregos e renda para a população”, disse Ratinho Junior. A aposta da Itambé, por sua vez, é continuar investindo para sustentar esse ciclo de expansão.
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