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Em primeiro plano, da esquerda para a direita, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Hudson Leôncio Teixeira, o secretário da Segurança Pública, Wagner Mesquita de Oliveira, e o delegado-geral da Polícia Civil do Paraná, Silvio Jacob Rockembach.
Em primeiro plano, da esquerda para a direita, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Hudson Leôncio Teixeira, o secretário da Segurança Pública, Wagner Mesquita de Oliveira, e o delegado-geral da Polícia Civil do Paraná, Silvio Jacob Rockembach.| Foto: Ricardo Almeida/Sesp

"Foi um questão de honra para a segurança pública do Paraná dar a devida resposta a uma afronta deste tamanho". Assim, o secretário da Segurança Pública, Wagner Mesquita de Oliveira definiu a megaoperação posta em ação na manhã desta terça-feira (20) em três estados, durante coletiva na sede da Secretaria da Segurança Pública (Sesp), em Curitiba.

Os alvos eram participantes do grupo que sitiou Guarapuava no dia 17 de abril, em tentativa de assaltar uma empresa de segurança. A violenta ação criminosa, que não teve sucesso no roubo de valores, terminou com um policial morto, o sargento Ricieri Chagas. Foram cinco meses até que a resposta pudesse ser dada pelas autoridades policiais.

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Somente nesta terça-feira, foram feitas 17 prisões, além da apreensão de 7 armas e 331 munições. Três óbitos também ocorreram nesta data, um em Hortolândia (SP) e dois outros na capital de São Paulo, que se somaram a outros cinco óbitos em ações anteriores relacionadas ao caso - em Ponta Grossa, Campo Largo e Fazenda Rio Grande, no Paraná.

No total, desde o ataque à cidade paranaense, 24 pessoas já foram presas e três se encontram foragidas. Segundo a Sesp, cada preso ficará no local da detenção até que seja julgado. Também, segundo a secretaria, não serão individualizadas as responsabilidades dos suspeitos presos, todos responderão por todos os crimes cometidos pelo grupo.

Participaram da operação 700 policiais, sendo 500 do Paraná, dos quais 350, entre policiais militares, civis e da Polícia Científica, seguiram para cumprir mandados em São Paulo. No estado vizinho, tiveram o apoio de policiais civis e militares daquela unidade da federação, segundo explicou o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Hudson Leôncio Teixeira.

"Buscamos indivíduos envolvidos tanto na parte operacional, quanto na coordenação desta quadrilha, indivíduos que entraram com carros blindados, outros que cederam suas armas, outros que entraram com know how, que fizeram levantamentos do local, enfim, vários núcleos", disse Mesquita, que fez questão de assinalar que esta operação é um recado para quem quiser cometer este tipo de crime no estado. "Os indivíduos serão incansavelmente procurados, identificados e apresentados à Justiça, seja ela dos homens, seja ela de Deus", afirmou.

Megaoperação teve mais de 130 perícias científicas

Segundo informações da Sesp, para chegar aos suspeitos foram realizados mais de 130 laudos periciais das mais diversas naturezas, como exames de DNA, exame de confronto balístico, de carros e equipamentos apreendidos.

"Os exames de perfil genético e a análise de material apreendido nos locais do crime foram muito importantes na solução do crime, visto que houve a confrontação com um banco de dados em São Paulo, de indivíduos envolvidos em crimes dessa natureza", explicou Mesquita.

Segundo o delegado-geral da Polícia Civil do Paraná, Silvio Rockembach, 40 policiais civis trabalharam na atividade de inteligência. "Hoje há três inquéritos instaurados e as pessoas presas e indiciadas nesses inquéritos responderão por organização criminosa, latrocínio, lesão corporal grave, explosão, posse ilegal de armas de fogo e explosivos, com somatório de pena bem relevante", diz ele.

As investigações ainda continuam, visto que há foragidos, e dependendo do material encontrado nas buscas, como anotações e outros materiais, podem surgir elementos e fatos que demandem o prosseguimento da operação.

Em relação ao primeiro inquérito, já encerrado, há dois indivíduos denunciados com provas concretas contra eles. O segundo inquérito tem sete autores indiciados, enquanto o terceiro inquérito ainda depende das prisões temporárias.

Segundo as autoridades, há provas efetivas da participação de alguns suspeitos presos em assaltos em outros estados, em Itajubá, em Minas Gerais, e em Criciúma, em Santa Catarina. "Não existe um líder, percebemos que há uma parceria, não há núcleos bem definidos de ação, eles se alternam nas atividades dentro desses roubos, mas todos têm o domínio do fato e todas as decisões são tomadas de forma coletiva", afirmou Rockembach.

Batalhões terão acesso a até 250 câmeras até o fim do ano

Como parte das ações preventivas de novos crimes semelhantes, até o fim do ano o estado vai receber 28 centrais de monitoramento que serão instalados em diversos batalhões da Polícia Militar. "Cada central dessa terá capacidade de receber 250 câmeras e, ao final, somando com outras unidades, teremos 15 mil câmeras formando uma rede integrada, com inteligência artificial integrada embarcada em que um município poderá fazer monitoramento e orientações em outros municípios", disse o secretário Mesquita.

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