Os efeitos da mais grave crise econômica em 90 anos, causada pela pandemia do coronavírus, começam a perder força no mercado de trabalho do Paraná. O mês de setembro marcou a virada de chave na recuperação dos empregos perdidos ao longo do 2020. Pela primeira vez, desde abril, o saldo acumulado entre demissões e admissões foi positivo e chegou a 1.092 postos com carteira assinada (844.657 admissões X 843.565 desligamentos). É o que mostra relatório do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged).
Segundo o levantamento, setembro foi responsável pelo segundo melhor mês no ano para o emprego formal, perdendo só para fevereiro. Foram criadas 19.732 vagas. Indústria (6.626), comércio (5,398) e serviços (4.716) foram os três setores que lideraram a expansão.
O presidente do Sistema Fiep, Carlos Valter Martins Pedro, avalia que o aumento da confiança dos consumidores vem fazendo com que o comércio recupere seu dinamismo e isso tem reflexo direto no crescimento das encomendas dos produtos industrializados.
“Hoje, muitos setores que estavam com estoques praticamente zerados já sentem até dificuldades para aquisição de insumos e matérias-primas devido ao aumento repentino da demanda. Esse cenário, que deve ser equacionado em breve, pode ser considerado um problema bom para a indústria e que tem como resultado o aumento da produção e da geração de emprego no setor”, afirma.
Mesmo com a indústria tendo criado 12,5 mil novas oportunidades de trabalho no Paraná neste ano – 75% das quais no segmento alimentício -, o momento é de cautela. Segundo a entidade empresarial, um fator que pode impactar na empregabilidade no estado está atrelado à segunda onda de casos de Covid-19 na Europa e nos Estados Unidos. “Esses países são importantes mercados consumidores de produtos da indústria do Paraná e as exportações podem ser afetadas com uma possível nova crise”, diz Evânio Felippe, economista da Fiep.
Comércio e serviços em recuperação
Se a indústria voltou a criar oportunidades de trabalho, os dois maiores setores empregadores do estado – comércio e serviços, que respondem por 65,4% dos empregos com carteira assinada no Paraná – ainda não se recuperaram do baque. Nos nove primeiros meses do ano, o comércio fechou 16,7 mil vagas e os serviços, 13,8 mil.
Mas as expectativas, até agora, são favoráveis nos dois setores. De julho para cá, eles têm mais contratado do que demitido. E em agosto, pelo quarto mês seguido, as vendas no comércio foram melhores do que nos 30 dias anteriores, segundo dados da Fecomércio-PR, o que indica bons ventos daqui para a frente.
-
Mais de 400 atingidos: entenda a dimensão do relatório com as decisões sigilosas de Moraes
-
Leia o relatório completo da Câmara dos EUA que acusa Moraes de censurar direita no X
-
Revelações de Musk: as vozes caladas por Alexandre de Moraes; acompanhe o Sem Rodeios
-
Mundo sabe que Brasil está “perto de uma ditadura”, diz Bolsonaro
Reintegrado após afastamento, juiz da Lava Jato é alvo de nova denúncia no CNJ
Decisão de Moraes derrubou contas de deputado por banner de palestra com ministros do STF
Petrobras retoma fábrica de fertilizantes no Paraná
Alep aprova acordos para membros do MP que cometerem infrações de “menor gravidade”
Deixe sua opinião