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Pescadores estavam sem colete salva-vidas quando aconteceu o acidente
Pescadores estavam sem colete salva-vidas quando aconteceu o acidente| Foto: Divulgação

Familiares e amigos se despedem nesta quinta e sexta-feira dos três moradores de Curitiba, dois deles nascidos em Santa Catarina, que morreram de maneira trágica no Rio Miranda, no Pantanal do Mato Grosso do Sul, no último dia 24. Os corpos de Dirceu Casagrande, de 66 anos, Nelson Balbinot, 65 anos, e João Melitão Cagni, de 59 anos, só foram encontrados por bombeiros entre domingo e terça-feira desta semana.

O sepultamento de João Melitão Cagni estava marcado para as 11h desta quinta-feira no Cemitério de Morretes, de onde era a maior parte da família. Já os corpos de Nelson Balbinot e de Dirceu Casagrande serão cremados nas próximas horas nos cemitérios Vaticano e Vertical, respectivamente.

Nelson e Melitão faziam parte de um grupo de torcedores do Athletico, clube que emitiu nota de pesar pelo falecimento dos sócios. Segundo moradores da região onde ocorreu o afogamento, o três amigos teriam sido “atacados” por um enxame de abelhas e, para fugir, pularam na água cheia de piranhas. Esta versão, no entanto, foi considerada pouco provável pelo comandante do Corpo de Bombeiros do Mato Grosso do Sul, coronel Joilson Amaral, que em declarações ao portal “A Crítica” afirmou que “a colisão que o barco teve com a árvore é o principal indício de que tenha sido o motivo deles caírem na água e não conseguirem nadar até a margem”. “Não acreditamos que tenha sido um ataque de abelhas a causa deles pularem no rio, já que teriam deixado para trás todos os coletes”, observou.

O trabalho para encontrar os três corpos durou quatro dias e contou com cinco bombeiros, dois de Corumbá e três de Campo Grande. A Capitania Fluvial do Pantanal, órgão subordinado à Marinha, removeu o barco dos turistas e percorreu um trecho de mais de 15 quilômetros da margem do rio Miranda para localizar os pescadores. A embarcação alugada foi encontrada na margem direita do rio, no Distrito de Albuquerque, a 64 quilômetros do perímetro urbano. No barco, a chave de segurança estava engatada e todos os coletes na embarcação. Os três amigos vinham pescar no Pantanal há muitos anos e mantinham um rancho em Albuquerque.

Gherman Maia de Siqueira, 58 anos, conhecia bem Nelson e João Melitão, que integravam o grupo Amigos do Mirante, que reúne diversos torcedores do Athletico Paranaense. Ele acredita que os dois morreram fazendo aquilo que mais gostavam na vida.“ Uma grade perda, pois eles uniam o amor pelo Athletico com a pescaria. Falavam sempre do Pantanal e com orgulho. Eles tiveram uma linda  trajetória por aqui”, disse.

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