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Vacina de Covid-19 da Astrazeneca produzida pela Fiocruz.
Vacina de Covid-19 da Astrazeneca produzida pela Fiocruz.| Foto: Pedro Ribas / SMCS

Curitiba fará parte da pesquisa internacional para testar uma nova versão da vacina Astrazeneca - um dos quatro imunizantes da Covid-19 aplicados no Brasil. O laboratório multinacional pretende atestar a eficiência da nova versão contra a variante sul-africana do coronavírus. Os testes clínicos com voluntários em Curitiba serão coordenados pelo Serviço de infectologia e Controle de Infecção Hospitalar do Centro Médico São Francisco, segundo informa a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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A unidade é a mesma que coordenou em 2020 os testes clínicos da vacina de dose única da Jansen, cujo estudo foi comandado no Paraná pelo médico curitibano Clóvis Arns da Cunha, presidente da Associação Brasileira de Infectologia (ABI) e que faz parte do quadro de profissionais do centro. A direção do Centro Médico São Francisco ainda não tem detalhes da pesquisa em Curitiba, como a data de início e quem e quantos serão os voluntários. O centro também aguarda outras autorizações sanitárias e científicas para iniciar o estudo.

Além do Paraná, também participam da pesquisa unidades clínicas da Bahia, Rio Grande do Norte, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul. No total, 800 voluntários receberão o novo imunizante e terão os resultados acompanhados no país. O objetivo da Astrazeneca é testar a nova versão em 2.475 voluntários do Brasil, Reino Unido, África do Sul e Polônia.

Os testes clínicos da nova versão da Astrazeneca foram autorizados pela Anvisa na última quarta-feira (14). As vacinas a serem testadas no Brasil serão fabricadas no Reino Unido. O novo imunizante, batizado de AZD2816, também tem tecnologia de vetor de adenovírus recombinante da versão atual da vacina aplicada no Brasil e em outros países, a AZD1222 produzida no país pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro.

Porém, uma modificação na composição da nova versão fornece imunização contra a variante B.1.351 descoberta no começo do ano na África do Sul, mais transmissível que a cepa original do novo coronavírus.

A pesquisa no Brasil e nos outros países terá duas frentes. A primeira é avaliar a nova versão como uma terceira dose de reforço para proteger da variante sul-africana não só em quem já se imunizou com duas aplicações da versão anterior da Astrazeneca, mas também da Pfizer e Moderna - está última vacina ainda não é usada no Brasil.

A outra frente é averiguar a aplicação mista, com uma dose da versão original e uma da vacina atualizada da Astrazeneca, para saber se dessa forma também pode ser criada proteção contra a variante da África do Sul.

Outras vacinas testadas no Paraná

Essa será será a quarta vacina de Covid-19 testada no Paraná. Em 2020 foram feitos testes clínicos da Coronavac no Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR) em Curitiba e da Jansen no próprio centro que vai testar agora a nova Astrazeneca. Além disso, a UFPR também está desenvolvendo a sua própria vacina contra o coronavírus.

A Universidade Federal já concluiu os testes laboratoriais e laçou campanha para arrecadar R$ 76 milhões para dar sequência na pesquisa. Desse montante, R$ 50 milhões seriam para os testes clínicos da vacina e o restante para custear despesas administrativas e a estrutura para produzir os insumos do imunizante. Na última segunda-feira (12), o Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) anunciou repasse de R$ 18 milhões para a pesquisa da vacina da UFPR.

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