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O governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), autorizou nesta segunda-feira (18) o início das obras do Corredor Metropolitano de Curitiba, que funcionará como um novo Contorno Sul e deve desafogar o trânsito na Região Metropolitana. O projeto prevê a construção de 9,5 quilômetros de rodovia em concreto, ligando a BR-476, em Araucária, à BR-116, na divisa entre Curitiba e Fazenda Rio Grande.
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Com investimento de R$ 336 milhões, recursos do governo do estado por meio da Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (Amep), a obra terá prazo de execução de 30 meses e está entre as maiores intervenções de infraestrutura dos últimos 30 anos na região. O traçado contará com duas pistas em cada sentido, sete obras especiais (cinco viadutos, uma ponte e uma trincheira) e ciclovias ao longo de todo o percurso.
De acordo com estimativas da Amep e do DER-PR, o novo eixo poderá reduzir em até 40% o tráfego no atual Contorno Sul, por onde circulam cerca de 70 mil veículos diariamente. Além de encurtar a distância entre o interior e a capital, o projeto deve diminuir o tempo de deslocamento entre Curitiba e Fazenda Rio Grande em até 40 minutos para quem utiliza transporte coletivo.
“O objetivo é criar uma ligação alternativa, mais rápida e segura. Quem vem, por exemplo, da Rodovia do Café não precisará mais passar pelo Contorno Sul, o que trará mais fluidez ao trânsito da região”, afirmou o governador Ratinho Junior.
Prefeitos da RMC acreditam que novo Contorno Sul deve resolver gargalo histórico
Além do impacto na redução do tráfego pesado, prefeitos da Região Metropolitana ressaltam que o novo Contorno Sul de Curitiba tem perspectiva de resultar em benefícios sociais e econômicos. O prefeito da capital, Eduardo Pimentel (PSD), classificou o empreendimento como estratégico: “Será praticamente um 'contorno do contorno', garantindo mais mobilidade para Curitiba e cidades vizinhas”.
Em Fazenda Rio Grande, município que mais cresceu no Paraná segundo o último Censo, a expectativa é de melhoria significativa no deslocamento da população. “O entroncamento da Ceasa, hoje um gargalo diário, será desafogado. Isso representa ganho de tempo e mais qualidade de vida”, avaliou o prefeito Marcos Marcondes.
Já em Araucária, o prefeito Gustavo Botogoski destacou os reflexos na segurança viária e na economia local. “A nova rodovia vai reduzir acidentes e também abrir espaço para atração de novas indústrias e geração de empregos”, disse.
O projeto é considerado o primeiro passo de um plano mais amplo de integração viária da RMC, que prevê futuramente a ligação do corredor à BR-376, principal rota entre Paraná e Santa Catarina. Paralelamente, o atual Contorno Sul também passará por melhorias no âmbito do novo pacote de concessões, incluindo duplicações, novas trincheiras, passarelas e ciclovias.
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