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Paraná confirma posição de líder nacional em doação de órgãos.
Paraná confirma posição de líder nacional em doação de órgãos.| Foto: Albari Rosa/Arquivo AEN

O Paraná fechou o primeiro semestre de com o maior número de doação de órgãos efetivas para transplantes, entre todos os estados. De janeiro a junho foram registrados 243 doadores, índice que garantiu a posição de liderança no ranking nacional, com a marca de 42,5 doadores por milhão de população (pmp), seguido seguido por Santa Catarina, com 41,5 pmp; Rondônia, com 30,4 pmp; e Ceará, na marca de 27,5 pmp. A taxa de doações no Brasil ficou em 19 pmp. Os números foram divulgados no relatório semestral da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO).

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Em todas as categorias, o Paraná configura nas primeiras posições. Foram 243 transplantes de rim (4ª colocação em números gerais), o que representa 42,5 doadores por milhão (pmp), terceiro do país na média, atrás apenas de Distrito Federal (49 pmp) e Rio Grande do Sul (49,1 pmp). Em relação aos transplantes de fígado, foram 147 no Paraná (2ª colocação em números gerais), o que representa média de 25,7 pmp, atrás somente do Distrito Federal, que registrou 44,7 pmp. Nos transplantes de coração, o Paraná ocupa a 4ª posição, com 19 transplantes, atrás de São Paulo (64), Minas Gerais (35) e Pernambuco e Rio de Janeiro (20).

De acordo com o relatório, foram realizados 4.242 transplantes de órgãos (coração fígado, intestino, multivisceral, pâncreas, pulmão e rim), além de 7.845 de tecidos (córneas) em todo o país nos primeiros seis meses do ano. Rins e fígado são os órgãos com o maior número de transplantes, 2.847 e 1.103, respectivamente, seguidos de coração (208), pâncreas (56) e pulmão (32).

Para o secretário da Saúde no Paraná, Beto Preto, os resultados são uma junção de agilidade logística e generosidade do paranaense. “Mesmo em um momento delicado, a população enxerga o ato de generosidade. Os números nos orgulham e são fruto do trabalho sério, ágil e de respeito à vida”, destacou.

Taxa de recusa familiar é a menor do Brasil

Dados disponibilizados pela Secretaria da Saúde do Paraná indicam que a taxa de recusa familiar para efetivação da doação de órgãos é a menor do Brasil, com 30%. A média nacional atinge 45%. Parte dessa diferença, na opinião de Beto Preto, está no trabalho de esclarecimento e apoio psicológico às famílias durante todo o processo.

“Temos um trabalho integrado aqui no Paraná, que passa pela sensibilidade ao esclarecer as dúvidas dos familiares até o suporte psicológico tão necessário nessas ocasiões. A perda de um ente querido é um momento em que os parentes mais próximos estão fragilizados e tudo isso se torna fundamental”.

A autorização familiar segue imprescindível para a efetivação da doação de órgãos. Isso porque, mesmo com a intenção do indivíduo de doar, cabe à família a decisão derradeira sobre o processo de transplante. A doação de rins ou parte do fígado pode ser feita em vida, apenas para um familiar. Quando esse tipo de doação for destinada a alguém que não pertencer à família, é necessário uma autorização judicial.

Doação e fila de espera

O mês de setembro é considerado de incentivo à doação de órgãos e tecidos. Coração, rins, pâncreas, pulmões, fígado e também tecidos, como córneas, pele, ossos, válvulas cardíacas e tendões podem ser doados e um único doador pode salvar até oito vidas.

Os órgãos doados são destinados a pacientes que necessitam de transplante e estão aguardando em uma lista única de espera, fiscalizada pelo Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde e Centrais Estaduais de Transplantes. A seleção de um paciente que aguarda por um transplante ocorre com base na gravidade da doença, tempo de espera em lista, tipo sanguíneo, compatibilidade anatômica com o órgão doado e outras informações médicas importantes.

De acordo com um levantamento obtido no Sistema Estadual de Transplantes (SET), são 3.503 pessoas que esperam por um transplante no Paraná. A fila para quem necessita de um rim já atinge 1.937 pacientes. Na sequência, estão 1.278 pacientes que aguardam por um transplante de córnea, seguidos pelos que aguardam por transplantes de fígado (244), coração (29), pâncreas (24) e pulmão (20).

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